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Com 8ª maior taxa de hanseníase por 100 mil habitantes, Acre terá apoio do MS

Foto: Reprodução
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O Ministério da Saúde vai investir este ano cerca de R$ 55 milhões para a prevenção e o tratamento da hanseníase no Brasil. O anúncio foi feito nessa terça-feira, 23, durante o evento ‘Compartilhar Desafios: Janeiro Roxo 2024 – Uma jornada para a integração e avanços em hanseníase’, em Brasília. A maior parte dos recursos, R$ 50 milhões, será repassada diretamente para 955 municípios nas 27 unidades da federação para a execução de ações prioritárias, objetivando a eliminação da doença como problema de saúde pública no país. Tais cidades são classificadas como de alta endemia – quando há o registro de mais de 10 casos por 100 mil habitantes.


A medida faz parte da estratégia do ministério, no âmbito do Comitê Interministerial para Eliminação da Tuberculose e de Outras Doenças Determinadas Socialmente (Ciedds). As políticas do governo brasileiro estão alinhadas com a Organização Mundial de Saúde (OMS), que tem como meta eliminar as doenças negligenciadas, como a hanseníase, até 2030.


Conforme números do boletim epidemiológico do Governo Federal, o Acre tem a oitava maior taxa de detecção da doença por 100 mil habitantes do país. Os números são referentes ao ano de 2022, já que o Ministério da Saúde ainda não tabulou os dados do ano passado. Na Região Norte, o Acre está atrás do Tocantins, Rondônia e Pará. Os outros estados que lideram o ranking são Mato Grosso, Maranhão, Piauí e Pernambuco. A taxa no Acre é de 16,266 casos por 100 mil habitantes, enquanto a média nacional é de 9,67.

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Vacina

Neste momento, o Ministério da Saúde financia, juntamente com a Fiocruz, o ensaio clínico para avaliar a eficácia da Lepvax, primeira vacina específica para hanseníase do mundo, que aguarda liberação da Anvisa para prosseguir os testes. No ano passado, o ministério também investiu na produção de teste rápido para a doença: ao todo, foram distribuídos 150 mil testes para avaliação de contatos nos 27 estados. Vale lembrar que o Brasil é o primeiro país do mundo a ofertar testes rápidos para detecção da hanseníase na rede pública.


Durante o período de 2013 a 2022 foram notificados 316.182 casos de hanseníase no País. De 2013 a 2022 houve uma redução de 28,9% no número de casos notificados.


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