Com situação de emergência humanitária decretada desde o dia 6 de novembro, em razão do agravamento do fluxo de migrantes vindos do Peru que entram por Assis Brasil, a prefeitura de Epitaciolândia resolveu abrir uma nova casa de passagem.
De acordo com o prefeito de Sérgio Lopes, a casa de apoio tem capacidade para receber 70 pessoas, mas já chegou a atender 170 migrantes nos últimos dias. Nesta segunda-feira, 20, a quantidade era de 109 pessoas, após algumas terem conseguido seguir viagem.
“Nós tivemos necessidade de abrir essa nova cada de passageiros porque havia muitos migrantes em condição de rua. A situação é crítica e a expectativa devido às restrições colocadas pelo Peru é que os próximos dias passem por aqui cerca de cinco mil migrantes”, disse Lopes.
Até a abertura da nova casa de passagem, Epitaciolândia não mantinha um abrigo junto com a prefeitura de Brasileia, localizada na cidade vizinha.
O decreto de emergência humanitária tem validade de 90 dias e autoriza a realização de campanhas educativas de orientação, junto à comunidade, com o objetivo de facilitar as ações de assistência à população afetada, sob a coordenação da Secretaria de Assistência Social do Município.
Ainda no decreto, a prefeitura de Epitaciolândia instalou um Gabinete de Crise para discutir as medidas a serem tomadas durante o período da situação de emergência.
O governo do Acre também tomou medida relacionada à situação, publicando, no dia 1º de novembro, o decreto que dispõe sobre a implementação do comitê de Crise Humanitária no Acre, para discussão e adoção de providências relacionadas ao fluxo migratório no estado.
De acordo com a Assessoria de Comunicação da Prefeitura de Assis Brasil, nesta segunda-feira há apenas 32 migrantes na casa de passagem da cidade, um número considerável normal.
O que ocorre, no entanto, para a situação ser mais grave em Epitaciolândia e Brasiléia, é que muitos estrangeiros passam direto ou fazem uma parada muito rápida em Assis Brasil antes de seguir viagem.
