Na última quarta-feira, 15, uma mulher identificada como Sandra Silveira Bezerra, de 49 anos, morreu vítima da “Doença do Pombo”, após contrair a enfermidade no local onde trabalhava, localizado na Coronel Alexandrino, nas imediações do Mercado do Bosque. A informação foi divulgada pela reportagem da TV Gazeta.
Segundo informações, a vítima chegou a receber atendimento médico, foi da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) para a Fundação Hospitalar, mas não resistiu e faleceu.
O empresário Ney Matos, proprietário do comércio onde ela trabalhava, também foi diagnosticado há cerca de dois anos com a “Doença do Pombo”, que causa a Fibrose Pulmonar Cística. O empresário viajou para São Paulo e lá recebeu o diagnóstico da doença. “Foi confirmado lá em São Paulo, um pneumologista muito famoso lá o doutor Alexandre, ele fez uma biópsia do pulmão, ele fez um estudo. Um grupo de médicos fez um estudo e foi comprovado que foi da bactéria do pombo sim. Até por sinal onde eu moro tem muitos, né, muitos pombos na Coronel Alexandrino;” comentou.
O cabeleireiro Genival Lustosa, que trabalha na mesma região nas proximidades do Mercado do Bosque, contou que as pessoas estão apavoradas, porque a região é repleta de pombos. Ele pede alguma ação governamental para resolver a situação. “Nós estamos pedindo providências, dos órgãos competentes, prefeitura, governo ou Vigilância Sanitária, porque os pombos que estão aqui nessa rua, estão sendo alimentados por algumas pessoas, principalmente pessoas daqui mesmo” relatou.
A “Doença dos Pombos”, na verdade, se chama Criptococose, causada pelo fungo Cryptococcus, que pode ser encontrado nas fezes dessas aves. É um fungo que pode ser letal aos seres humanos se não receber os devidos cuidados. Acerca do assunto, a doutora infectologista Cirley Lobato, é possível contrair, tendo em vista que o fungo solta micros esporos. “Ele vai primeiramente para o pulmão causando uma alteração pulmonar e posteriormente até dependendo muito do sistema imunológico dessa pessoa, se é imunodeprimido ou não, mas independente disso, ele também atinge pessoas imunocompetentes que esse fungo atinge a circulação sanguínea e pode ir para o cérebro causando quadro de meningite”, explicou.