“SOU DIFERENTE, E AGORA?”
Engana-se quem pensa que o aluno superdotado, aquele que detém uma inteligência acima da média, não requer atenção. “Por que eu sou assim?”. Geralmente, é esse o questionamento que aflige boa parte desse grupo e foi para dar um suporte de autoconhecimento e se fazer entender que a Secretaria de Estado de Educação, Cultura e Esportes (SEE) criou o Núcleo de Atividades de Altas Habilidades/Superdotação do Acre (Naahs), que investiga, direciona e se mostra uma verdadeira virada de chave na vida de crianças e adolescentes do ensino público estadual.
O Naahs atende todo o ensino básico, que vai do infantil ao terceiro ano do ensino médio, e tem o poder de transformar jovens que, por vezes, foram reprimidos equivocadamente por algum período. Antes de passar pelo núcleo, é sempre um “sou diferente, e agora?”, depois, é “eu me encontrei, eu fui entendido”. Alunos que chegavam a ser expulsos da sala de aula – tamanho incômodo que sua sede de conhecimento causava -, que não se sentiam encaixados em lugar algum, hoje agradecem o auxílio do ensino especial voltado às altas habilidades e superdotação.
Eles são únicos e o Naahs é um ambiente estimulador ofertado pelo governo do Acre para ajudar crianças e adolescentes a manifestar suas altas habilidades, revelar talentos e revolucionar a sociedade. É o espaço onde atualmente 175 alunos estão matriculados e sentem-se acolhidos. O local foi revelador também para a própria coordenadora, Jeane Machado, que não tinha nenhuma afinidade com a área quando começou a pesquisar sobre o assunto e acabou chegando ao parecer de que um de seus filhos é superdotado.
“O Naahs foi implantado no Acre em 2007, numa salinha pequena. Em 2011, passou a atender nas Salas de Atendimento Educacional Especializado (AEE), quando nossos profissionais iam até as escolas fazer essas investigações, mas se tornou algo muito difícil, porque os alunos com altas habilidades não se identificavam com o AEE da escola, uma vez que atendia uma maioria de deficiências, síndromes e transtornos”, conta Jeane.
A invisibilidade nessa época foi drástica, até que em 2018, com verbas do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), foi construído o prédio do núcleo, localizado na estrada Alberto Torres, 825, Conjunto Mariana, em Rio Branco. Mas foi a partir do segundo semestre de 2019, na gestão de Gladson Cameli, que começaram de fato os atendimentos na sede, em salas de AEE Multifuncionais, específicas em altas habilidades.
“Fazemos a investigação pedagógica em alunos com características e, apresentando traços consistentes em altas habilidades, esse aluno continua com atendimento de AEE para suplementação, enriquecimento curricular e extracurricular até o término do ensino básico”, enfatiza a coordenadora. Além dos quase 200 alunos que frequentam o Naahs hoje, há uma lista de espera com mais de 100 pessoas, uma vez que a investigação para altas habilidades pode durar de 6 meses a 1 ano, ou até mais, dependendo do aluno. Cada indivíduo, mesmo com características gerais, é único e requer uma investigação diferenciada.
“Realizamos anamneses, que é conhecer o histórico da criança. Fazemos questionário com a família para conhecer desde a gravidez até os dias de hoje. Conhecemos o desenvolvimento da criança, comportamento, aprendizagem e montamos o portfólio do aluno. No final, o professor vai juntar tudo e dizer se a resposta, se é positiva ou não para superdotação. O resultado aponta características consistentes de altas habilidades ou não no momento, porque pode acontecer alguma situação na vida pessoal emocional que pode interferir nessa devolutiva”, garante Machado.
“Um ser diferente igual a mim”
Dentro das áreas gerais de conhecimento investigadas, há outras áreas. O Naahs faz uma sondagem geral e então cada professor faz uma sondagem específica dentro da área de interesse do aluno. Se o aluno faz uma sondagem geral na área de matemática e dentro da matemática ele tem interesse maior por uma parte específica, ele vai fazer, sempre partido da área de interesse do indivíduo. “São atividades desafiadoras onde averiguamos todo o comportamento do aluno. Até a maneira de ele fazer a atividade está sendo avaliada. Essas atividades não possuem notas, como na escola, então a maneira que ele responde, o seu feedback é nossa resposta. Na maioria das vezes, quando o professor desafia, o aluno retorna com muito mais do que o professor desafiou”, destaca a coordenadora.
O Naahs é um ambiente estimulador para que as altas habilidades sejam manifestadas
Jeane Machado
Alguns casos chegam a impressionar até mesmo os profissionais acostumados a lidar com as altas habilidades. “Tem uns que a gente vê que é gritante a superdotação. Não dá para comparar um com o outro. Vai depender também muito do afetivo, do emocional, do ambiente que ele convive. O Naahs vai ser sempre um ambiente estimulador para que as altas habilidades sejam manifestadas. Mas muitas vezes, se o aluno está com problemas em casa, ele não consegue manifestar tudo aquilo que ele sabe, porém o Naahs tenta fazer esse estímulo”.
No núcleo os alunos conversam, brincam. Na escola, muitas vezes, eles não são entendidos, mas no Naahs eles se sentem em casa junto daqueles que, mesmo com áreas diferenciadas, possuem alguma semelhança. “Eles olham e pensam: é um ser humano parecido comigo. Um ser diferente igual a mim”, relata Jeane, completando que, quando eles se encontram em seus agrupamentos, sentem-se completos e satisfeitos: “a própria família diz que o filho não quer deixar de vir, mesmo morando longe. Os pais fazem questão de trazer porque aqui é um ambiente que provoca mudanças no comportamento do filho. Ajudamos o máximo que podemos”.
Visibilidade aos invisíveis
A invisibilidade aos alunos com altas habilidades/superdotação vem sendo vencida no Acre dia a dia. Apesar de a falta de informações ser significativa, desde 2019 tem havido uma propagação muito maior no estado. Prova disso é a lista de espera com 125 alunos querendo fazer parte do Naahs, coisa que até 4 anos atrás não existia. A coordenação lembra: “há pais que chegam aqui chorando para o aluno ser atendido. Eles já têm conhecimento dessa convivência, do desenvolvimento de projetos e ideias”.
O encontro é semanal e pode durar até 3 horas. São 12 professores no atendimento e todos fazem sondagem geral. Há pedagogos, professor de ciências da natureza, de matemática e suas tecnologias (robótica, mecatrônica, informática), artes visuais, linguagens e música. Hoje, o núcleo atende um número bem maior de alunos com habilidades em artes visuais, que envolve desenho, escultura e pintura, e na música, com o canto e instrumentos. “Desde o final do ano passado (2022) já recebemos bastante recursos, computadores novos, laboratório de biologia, de química, de física, de matemática. Antes, os professores compravam materiais com o próprio dinheiro, então a gente tem um material hoje muito bom. Aos poucos, estamos alcançando muita coisa”, diz Machado.
O Naahs oferece algo a mais do que a escola regular e acompanha a evolução dos conhecimentos. Um aluno que 15 anos atrás aprendia a ler aos 4 anos, dava grande indício para alta habilidade, mas hoje, nem tanto, tamanho os incentivos que a criança recebe desde muito cedo. “A estimulação hoje é muito grande, seja visual ou auditiva. A gente faz ideia do quanto esse espaço é importante para a vida deles. Eles dizem: hoje eu sei porque eu era assim, porque eu era excluído, porque não tinha amigos”.
Coordenadora descobre filho superdotado: “fui mãe e chorei”
Coordenadora do Naahs há 4 anos, assim que começou a estudar sobre altas habilidades, Jeane logo percebeu que seu filho tinha características consistentes. Ela chegou ao núcleo para fazer investigação na área de química. Passou pela formação e se tornou pesquisadora do assunto. Outros profissionais fizeram a investigação e deram uma resposta que coincidiu com toda história da vida de seu filho, Cristian Jucá, de 19 anos. “Eu não conhecia o Naahs, nem as altas habilidades. Enfrentei muitas dificuldades como mãe para entender o meu filho, agindo de forma severa, porque achava que era coisa de comportamento, quando na realidade era desejo de aprender”.
Cristian aprendeu a ler praticamente sozinho. Aos 17 anos recebeu parecer de intelectual, ou seja, aquilo que tem interesse de aprender, tem facilidade muito maior do que um cérebro neurotípico (indivíduo que tem um neurodesenvolvimento considerado regular). “Na escola, o professor falava: Cristian, vai dar uma voltinha lá fora, porque está atrapalhando a aula. Outra professora dizia: quero que todo mundo responda, menos o Cristian, porque ele respondia tudo muito rápido. Ele recebeu muito bullying quando pequeno”, conta Jeane.
Ela afirma ser um desafio ser mãe de intelectual. Principalmente, quando não se tem conhecimento. “O Cristian sempre foi muito precoce. Deu muito trabalho na escola por não ser compreendido. Fui chamada várias vezes, mas não era por briga, era comportamento, por ser bastante agitado, não prestava atenção na aula porque aquilo ele já sabia. Para mim, como profissional da educação, me doía muito, porque mesmo pedagoga, não sabia lidar àquela época”.
Como mãe, Jeane relutou, a princípio, em enxergar que seu filho era um superdotado. “Ele próprio quis passar pelo processo de investigação. Quando recebi o parecer, eu fui mãe e chorei. Foi resposta para muita coisa, porque até então só achava que ele tinha sido precoce, mas não um superdotado. Foi muito emocionante aprender a entender mais um pouco desse universo que é a superdotação e cada um é diferente em seus interesses, comportamentos e emoções”.
Cristian estuda medicina veterinária, mas quer migrar para medicina: “o Naahs melhorou 100% o meu entendimento sobre mim mesmo e me ajudou a entender porque eu tinha certos sentimentos dentro e fora da sala de aula, porque eu pensava de certa forma, tão diferente dos demais, porque para mim tudo parecia tão fácil e para os outros tão difícil. Quanto o professor começou a ensinar raiz quadrada, eu já sabia, pois tinha estudado sozinho. E até hoje na faculdade acontece o mesmo, mas agora sei como trabalhar esse sentimento, sei que cada pessoa tem seu tempo e sua velocidade”.
No entanto, o estudante garante que teria levado uma vida bem mais fácil se tivesse sido identificado na infância. “Eu fazia muitas perguntas, e os colegas ou até alguns professores, não se sentiam confortáveis com isso. O professor não entendia o que me ocorria, achava que eu estava afrontando, mas de forma alguma, era uma genuína vontade de ajudar. Já fui tirado de sala mais de uma vez. Fui crescendo e comecei a ficar mais retraído. Eles não me entendiam e nem eu mesmo me entendia”, esclarece.
“O Naahs é um sonho para nós”
Ter altas habilidades é apresentar um comportamento diferenciado. De um lado a educação especial trata as deficiências, transtornos, síndromes, e do outro a parte eficiente, que também interfere em toda a vida do indivíduo, tanto na parte afetiva, como emocional e social. “A parte cognitiva é elevada, mas a emocional pode estar equiparada aos demais que não têm altas habilidades”. O Naahs luta também para manter os alunos ativos, já que muitos acabam abandonando as atividades para trabalhar, devido uma realidade econômica e social mais delicada. “Esse aluno acaba adormecendo seu talento por falta de incentivo da própria família”.
Esse, definitivamente, não é o caso do pequeno Eliel de 11 anos e estudante do 6º ano, cujo os pais o apoiaram desde o início. A família percebeu que ele tinha habilidades surpreendentes a partir dos 2 anos. “Ele tinha traços diferenciados, de um artista mesmo. Começamos a dar poucos recursos, papel e caneta, mas já nos primeiros rabiscos tivemos o cuidado de investir nele e aos poucos ele foi se desenvolvendo”, conta Johny Eliaquim, o pai orgulhoso. Aos 6 anos, Eliel começou a fazer artes mais desenvolvidas. Para o pai, a diferença em cuidar de uma criança com altas habilidades é dar uma atenção maior.
O Naahs é um grande sonho para nós, porque outrora não sabíamos o que fazer e na época conversamos com a professora do Eliel e ela nos indicou o núcleo e fizemos a matrícula. Hoje, meu filho está no segundo ano desenvolvendo habilidades, sendo muito bem assistido", celebra o pai.
Jhony Eliaquim, pai de Eliel
Marco Melo é professor de artes e inglês no Naahs e atende alunos em processo de identificação ou já identificados. Segundo ele, na área de Eliel, as atividades são passadas de acordo com a habilidade do aluno, seja mangá, pintura ou desenho preto e branco. “Desde que o Eliel foi identificado, foi analisado que ele cria, tem processo criativo. Hoje está passando pelo processo de pintura em tela. Antes disso, passou pelo papel”.
Eliel relata sua vivência: “gosto de aprender coisas novas, aprender técnicas, pois isso pode aprimorar mais minha arte para o futuro e eu poder ser um grande artista. É uma experiência nova, já vi vários artistas fazendo isso e é por isso que eu gosto. Gosto muito de estudar e me inspiro em Leonardo da Vinci, em como ele costumava pintar”.
O professor Alex de Oliveira, também de artes visuais, diz que consegue perceber os talentos nos primeiros atendimentos, pois é comum uma maturidade maior, bem como habilidade, criatividade e maior envolvimento com a tarefa em relação aos alunos do Naahs. “Eliel sempre teve essa criatividade, essa ânsia de criar seus personagens e já chegou assim no desenho e na parte da criação”.
Genética que surpreende e encanta
A grosso modo, a superdotação carrega traços genéticos, herdados de pais para filhos. Já a alta habilidade e a manifestação dessa superdotação. Uma pessoa pode ser superdotada e ainda não manifestar altas habilidades. O papel do Naahs é estimular para que o aluno se “manifeste”. Para isso, é necessário que em alguma área ele apresente a teoria dos ‘Três Anéis de Renzulli’, cujo Ministério da Educação se baseia: comprometimento com a tarefa, habilidade acima da média e criatividade, o que forma o comportamento de superdotação.
Elivânia Gonçalves é mãe de Seillor Sanatiel, de 12 anos. Ela estranhava o fato de o filho sempre gostar de ‘coisas difíceis’. Mas se rendeu aos encantos do garoto apaixonado por xadrex, inglês e matemática. “Se não tiver uma política voltada a isso, eles simplesmente vão se fechando. No Naahs eles são motivados a continuar, é um núcleo que precisa ser reconhecido e fortalecido, pois só aqui nós encontramos esse apoio”.
Seillor sente que mudou muito depois de passar a frequentar o núcleo. “Antes eu ficava mais no meu canto, sozinho, fazendo minhas coisas, mas com o tempo, que fui descobrindo mais das minhas habilidades, o Naahs, comecei a me desenvolver mais na área social, falar mais, interagir mais na escola com os colegas”. Para ele, um salto, mais crescimento “Me tornei uma presença maior na minha escola e desenvolvi algumas habilidades que já tinha colocado para dentro. Passei a fazer algo útil com minhas habilidades. O Naahs me deixou fluir, me deixou habilidoso com os dons que recebi”.
O mesmo ocorreu com Evelyn Martins, de 16 anos, entusiasta do ramo de linguagens. Antes de se tornar escritora, percebeu algo diferente ainda na escola. “Me deu esse estalo de: meu deus, eu sou diferente. Para ela, a forma que enxerga o mundo não parece com os dos demais da sua mesma idade. “Sempre me sentia um pouco deslocada, então eu era muito sozinha, tinha muita dificuldade de interagir com outras pessoas. Era muito mais fácil interagir com pessoas mais velhas. Sempre tinha a sensação de deslocamento no ambiente escolar, na família, e desde que recebi o parecer de altas habilidades, foi realmente uma virada de chave para mim”.
Conhecer o Naahs quase 5 anos atrás abriu portas e aprimorou suas facilidades na aprendizagem, a fim de desenvolver suas habilidades ao máximo potencial e, o mais importante, proporcionando auto conhecimento. “Me ajudou a me entender como uma pessoa diferente e que essa diferença não é necessariamente ruim, mas uma possibilidade de poder me conhecer e explorar diversas técnicas que eu tenha mais facilidade”, diz Evelyn.
Ela começou a se aprofundar na escrita, mas atualmente está focada na matemática e na astrofísica. “Termos o Naahs para oferecer esse suporte torna esse caminho muito mais fácil. Uma professora percebeu que eu gostava muito de escrever e quando ela pedia produção textual, os colegas faziam meia página ou uma, já eu escrevia seis páginas. Então ela me falou sobre o núcleo e comunicou a minha mãe”.
O título de superdotação e altas habilidades pode soar pesado, mas desde que chegam ao Naahs, os alunos se sentem acolhidos. Seu livro, ‘2 Bilhões de Segundos’, foi lançado em 2022, contendo poesias que escreve desde os 7 anos.
“Sou diferente, mas ainda sou uma pessoa”
Apesar de se aprofundarem em conhecimentos distintos, as histórias de Cristian, Eliel, Seillor e Evelyn se afunilam e desembocam no mesmo desejo: que seja ampliada a quantidade de informações sobre as altas habilidades e superdotação. “Parece que somos poucos, mas aqui é só um grão de areia, podemos ser muito mais que isso”.
Seillor pretende usar sua facilidade no aprendizado para continuar expandindo conhecimento com novas línguas e novas habilidades. “Quero conseguir fazer alguma mudança, utilizar meu dom do aprendizado para mudar algo no mundo, torná-lo melhor. Sou diferente sim, mas ainda sou uma pessoa, não sou um tipo de Deus ou ser superior, tenho que continuar batalhando de qualquer forma e eu planejo fazer muita coisa”.
A jovem escritora Evelyn alerta que a quantidade de informação difundida a nível mundial acerca de pessoas com altas habilidades e superdotação é muito pequena. “Se não houver um incentivo para essas pessoas, é muito provável a perda de talentos. Não é porque o aluno acaba a tarefa mais rápido que não precisa se preocupar com ele. Muitas vezes as nossas necessidades, além de ser sociais, exigem ser estimuladas”.
Cristian acredita que os superdotados possuem potenciais gigantescos para mudar o mundo, mas de forma incentivada. A coordenadora do Naahs reafirma que muitas das angústias que os jovens passam na escola partem da falta de conhecimento e esse prédio garante uma identidade, representa esse grupo. “A demanda enorme de indicações e a lista de espera é um reconhecimento que temos e das altas habilidades no âmbito educacional e na sociedade em geral. A OMS diz que os casos de Altas Habilidades/Superdotação são de 3% a 5% da população, pois só leva em conta o tipo de superdotação acadêmico. Mas, estudiosos como Virgolim, quando se leva em conta todos os tipos de superdotação, acadêmico e o criativo-produtivo, tem-se cerca de 15% a 20% da população”.
Jeane afirma que todos os alunos são atendidos na sua necessidade e potencialidade. “Esses garotos podem e vão mudar a história. Fazemos formações nas escolas que nos procuram e buscamos acabar com a falsa impressão de que o aluno superdotado não precisa de ajuda. Ele precisa ser assistido, suplementado, investigado e incentivado”, assevera.