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Muito além do suco com bolacha: Prato Extra em escolas estaduais deve mudar o futuro do Acre

Foto: alunos da escola estadual Dr. Santiago Dantas I Whidy Melo/ac24horas
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Para enfrentar o problema da insegurança alimentar em crianças e adolescentes, o Governo do Acre lançou em 2019, o programa Prato Extra, que garante uma refeição a mais, rica em proteínas, para mais de 140 mil alunos, além da merenda e do almoço que já são oferecidos nas escolas, proporcionando melhora nos índices da educação pública e uma situação nutricional adequada aos alunos.


O Prato Extra é distribuído em todas as escolas estaduais dos 22 municípios do Acre, mesmo durante as férias escolares, seguindo as orientações de nutricionistas da Secretaria de Educação do Acre. O secretário da pasta, Aberson Carvalho afirma que o programa atende 95% das escolas, inclusive as que ficam em locais de difícil acesso, onde a comida é levada por avião ou barco, e que até 2024 deve atender 100% dos alunos. “Muitas crianças não tinham condições de ir para a escola, mas com o estímulo de uma alimentação completa conseguimos reduzir os índices de evasão escolar. Esperamos que nos próximos anos, o estado colha os frutos de uma educação inclusiva, altruísta, de qualidade”, declara.


Na escola Dr. Santiago Dantas, na zona rural de Rio Branco, a diretora Elidiane Martins elogia a visão do governo do estado. Além do transporte escolar, que coleta alunos numa rota de mais de 50 quilômetros na estrada Transacreana, a refeição extra é oferecida no horário em que os alunos escolheram para se alimentar, às 8:30h: “Percebemos que [os alunos] estão mais animados, com mais capacidade de se concentrar nas aulas. Antes, poucos compareciam na cantina para comer, mas hoje a cantina virou um ambiente de integração, de socializar. Eles estão na escola com vontade de aprender”.

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Foto: prato oferecido na escola Dr. Santiago Dantas, na zona rural de Rio Branco I Whidy Melo/ac24horas

Márcia Feitosa, que trabalha na limpeza da escola, disse que estudou no mesmo lugar há anos e que ver de perto a transformação na educação é um alívio a uma das angústias que viveu no passado: a fome. “Na minha época, era difícil. A gente só tomava suco com bolacha, não dava para estudar com fome. Hoje é diferente, a comida é boa, tem carne, frango, salada, tem de tudo”.


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