O acreano Israel Angelo Morais Moscosso, de 48 anos, pode perder completamente a visão por falta de um medicamento que não é oferecido gratuitamente pelo SUS, e que demora até 8 meses para chegar até a Secretaria de Saúde do Acre, depois que solicitado pela Defensoria Pública do Estado do Acre.
Ketilene Moraes, prima e cuidadora de Israel Angelo, diz que o homem passou a sofrer com diabete mellitus tipo 2 e definhou rapidamente, perdendo a visão de um olho. “Ele sente dores no corpo o tempo inteiro, não consegue mais levantar”, disse.
Em consulta na Fundação Hospital do Acre, foi receitado a Israel o uso de um medicamento para uso contínuo, Jardiance 25mg, que deve controlar a saúde do paciente, deixando-o estável suficiente para que ele possa passar por uma cirurgia que pode salvar a visão do único olho de que funciona, parcialmente.
O problema é que uma caixa do medicamento pode custar até R$ 305,00 com 30 comprimidos, sendo que a própria Ketilene também precisa do mesmo remédio, que está sendo fornecido por terceiros graças a matéria publicada em junho pelo ac24horas.
Em contato com a Secretaria de Saúde do Acre, a reportagem foi informada que já acompanha o caso, mas o remédio Jardiance não está incluso no escalonamento da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), o que significa que o fornecimento gratuito não está autorizado na assistência farmacêutica da rede pública de saúde.
Ketilene foi orientada a entrar com um pedido judicial para o fornecimento do remédio com gratuidade, mas a SESACRE informou que o processo costuma demorar de 6 a 8 meses, até a entrega do medicamento. “Me pediram três orçamentos em farmácias da cidade, mas as farmácias se negam a imprimir um orçamento”, disse Ketilene.
A família de Israel Angelo agora faz um apelo nas redes sociais, pedindo ajuda financeira para a compra do remédio, através do pix 68992299680 ou pelo endereço a seguir: Rua Frei Canena, 1571 – Doca Furtado, em Rio Branco.