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Indígenas do Acre comemoram derrubada do Marco Temporal no STF

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As lideranças indígenas do Acre comemoram o fato de o Supremo Tribunal Federal (STF) ter considerado o Marco Temporal inconstitucional com placar de 9 a 2, nesta quinta-feira, 21, em Brasília. Mas sabem que ainda haverá outros embates e a decisão do tema no Senado Federal.


Eles esperam avançar junto aos políticos, agora no Senado, para seguir com as demarcações de terras, sem a delimitação de prazo de ocupação.

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Francisco Piyãko espera que vitória do STF se repita no Senado Federal – Foto: Cedida

O ex-secretário dos Povos Indígenas do Acre e membro da Organização dos Povos Indígenas do Rio Juruá- Opirj, o Ashaninka Francisco Piyãko, diz que é um momento de felicidade e atenção. Ele espera repetir no Senado a vitória alcançada no STF.


“Estamos muito felizes e agradecemos ao STF pela manutenção dos nossos direitos porque nos mobilizamos. Precisamos da união de todos para proteger os povos que vivem na floresta porque a sustentabilidade do planeta está nesta política”, cita, destacando que a atenção agora se volta para o Senado.


“Precisamos trabalhar agora para as conquistas serem de fato respeitadas e garantidas porque dos nossos oito deputados federais do Acre, apenas uma votou contra o marco temporal e os três senadores foram a favor. A sociedade precisa entender que isso não é um fato isolado e que diz respeito à perda de direitos já alcançados. Temos que valorizar e cuidar desses direitos, principalmente neste momento em que já estamos enfrentando o aquecimento global e os indígenas e a preservação das terras indígenas é o equilíbrio disso”, enfatizou.


Edna Shanenawa diz que já quiseram tirar os direitos dos indígenas com armas e com a caneta – Foto: Cedida

Acompanhando o movimento nacional dos indígenas contra o marco temporal, os indígenas do Acre fecharam várias vezes a Br364, em protesto. Nesta quarta-feira, 20, a Cacique Edina Shanenawa, liderou o movimento de fechamento da rodovia em Feijó durante grande parte do dia. Nesta quinta-feira, ela comemorou o reconhecimento dos ministros sobre a inconstitucionalidade do marco.


“Valeu a pena toda nossa luta, especialmente das mulheres, mas que ainda não acabou. Já tinham tentado tirar nossos direitos antes com armas e derramando nosso sangue e agora tentaram com a força da caneta. Nossa defesa foram as manifestações pacíficas, nossas rezas e cantos sagrados, o balançar do maracá e a força da nossa Ancestralidade. Temos que pensar nas futuras gerações e estamos atentos porque ainda tem luta pela frente”, concluiu ela, agradecendo ao apoio do Conselho Indigenista Missionário – CIMI e à Comissão Pró-Índio do Acre- CPI-Acre, pelo apoio aos indígenas durante as manifestações.


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