Menu

Pesquisar
Close this search box.

Invasores descartam negociação e ganham reforço para ato no Dia da Independência

Foto: invasores da Terra Prometida fizeram reunião na noite desta quarta-feira, 6 - Jardy Lopes/ac24horas
Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

Em nova reunião dos sem-terra que ocupam a frente do prédio da Assembleia Legislativa do Acre, ocorrida na noite desta quarta-feira, 6, em Rio Branco, os manifestantes decidiram por não desocupar o local e anunciaram o aumento no número de pessoas ocupando o espaço do legislativo nos próximos dias. A decisão acontece depois que o governador Gladson Cameli, pessoalmente, foi de encontro aos ocupantes na tarde de hoje (6), na tentativa de recomeçar as negociações.


Segundo Osório Carneiro, que integra o movimento, a informação do governo do estado de que 60 pessoas já foram beneficiadas com o Aluguel Social é mentirosa e faz parte de uma estratégia para descredibilizar a manifestação. “Dizem que tem 60 pessoas beneficiadas, mas aqui mesmo todo mundo fez cadastro e não caiu dinheiro na conta de ninguém. Mesmo que caia, ninguém quer, porque o Programa só cobre 3 meses de aluguel, e depois nós vamos morar onde?”, disse Osório à reportagem do ac24horas.


Para este dia 7, durante o desfile do Dia da Independência, que acontecerá no centro de Rio Branco, os invasores da Terra Prometida receberão reforços de outras famílias atingidas pelo cumprimento do mandado de reintegração de posse da terra no Irineu Serra, e prometem comparecer ao evento com cartazes, colchões, panelas, e outros itens domésticos. Gritos de guerra e palavras de ordem também estão sendo elaborados.

Anúncio


“Só vamos sair daqui [ALEAC] com um documento de terreno da nossa moradia. Nós tínhamos nossa casa lá, para que tiraram a gente? Não queremos Aluguel Social nem morar no Parque de Exposições, queremos nossa terra e só sairemos com ela”, finalizou Osório.


O Governo do Estado, por sua vez, tem tentado flexibilizar o diálogo e já chegou a oferecer no início das negociações, de acordo com os próprios manifestantes, uma área de 30 hectares para a ocupação das famílias, de forma legal, nas proximidades da Ocupação Marielle, no bairro Defesa Civil, mas a proposta foi negada. A área é equivalente, em termo de tamanho, àquela que foi desapropriada. Na terça-feira, 5, em uma reunião entre uma comissão formada pelos ex-moradores da invasão, Gladson Cameli, e secretários de governo, foram oferecidos 25 lotes de terra para a construção de moradias provisórias, mas a proposta também não foi aceita. “Não queremos morar no quintal de ninguém”, disse um dos porta-vozes do movimento.


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido