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Perda de vegetação nativa subiu de 3% para 14% no Acre em 37 anos

Foto: Reprodução
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Uma análise inédita divulgada nesta quinta-feira (31) pelo MapBiomas, rede colaborativa internacional, a partir da mais recente coleção de dados de uso e cobertura da terra, cobrindo o período entre 1985 e 2022, mostra uma perda de 96 milhões de hectares de vegetação nativa – uma área equivalente a 2,5 vezes a Alemanha. A proporção de vegetação nativa no território caiu de 75% para 64% no período.


No Acre, as quedas são igualmente muito grandes e, segundo o MapBiomas, a perda de vegetação nativa saiu de 3% do território do Estado em 1985 para 14%, em 2022.

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Essa análise diz ainda que no período de 5 anos antes da aprovação do Código Florestal (2008-2012) houve uma perda de 5,8 milhões de hectares. Nos cinco anos seguintes à aprovação do código (2013-2018), a perda aumentou para 8 milhões de hectares. Nos últimos 5 anos (2018-2022), alcançou 12,8 milhões de hectares, um aumento de 120% em relação a 2008-2012.


De tudo que foi antropizado em cinco séculos no país, 33% foram antropizados, ou seja, convertidos para algum uso humano, como cidades ou atividades agropecuárias, nos últimos 38 anos. Esse processo se deu mais fortemente na Amazônia e Cerrado, onde 52 milhões de hectares (equivalente à área da França) e 31,9 milhões de hectares foram antropizados nesse intervalo. Proporcionalmente à vegetação existente em 1985, os biomas que mais perderam vegetação nativa até 2022 foram o Cerrado (25%) e o Pampa (24%).


“Atualmente, dois novos arcos do desmatamento se destacam em polos de forte expansão agrícola: no oeste da Amazônia, a fronteira entre Amazonas, Rondônia e Acre, conhecida como Amacro, onde o uso agropecuário aumentou 10 vezes nos últimos 38 anos, chegando a 5,3 milhões de hectares, que equivalem a 21% da área do território; e no nordeste do Cerrado, o Matopiba, na fronteira entre Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, onde a agropecuária aumentou 14 milhões de hectares, chegando a 25 milhões de hectares em 2022, equivalentes a 35% do território”, diz o MapBiomas.


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