De volta às 17h ao vivo no YouTube e no Facebook e Instagram do ac24horas, o programa da Jô Edição Podcast desta segunda-feira, 24, entrevistou a Estrategista de Marketing, Kelline Oliveira.
Nascida em Plácido de Castro, interior do Acre, a profissional comenta que empreende desde os 18 anos e seguiu os passos do pai, que trabalhava com vendas de frutas e verduras de sua própria plantação.
“Para ensinar as pessoas a diferença de ser empreendedor e empresário, porque existe uma grande diferença entre as duas coisas. Como exemplo do meu pai, que foi um empreendedor bem-sucedido, mas não foi um bom empresário. Porque ele quebrou várias vezes, se reergueu em todas elas, mas chegou um momento que ele não tinha mais forças para continuar. Faltou gestão. Então eu resolvi ensinar para as pessoas onde o meu pai errou, para que elas não façam o mesmo”, declarou.
Criadora do Instituto do Empreendimento, ela informa que pensou na iniciativa para ajudar as mulheres. “Elas não começam pensando que aquilo irá logo se tornar um grande negócio, como os homens e sim por paixão, afinidade e talento”.
Atuando também como professora, ela falou durante a entrevista sobre a sua vida como Infoprodutora e as experiências ao lado do empresário Stanley Bittar e em uma multinacional no Paraguai.
Para ela, as características que você precisa para ser um bom empreendedor é ser persistente. “Ninguém vence sem persistência. Nessas horas não existe talento ou outra coisa maior que isso. Porque podemos errar muito, mas se não aprendermos a saber nos reerguer, não daremos um passo para a frente”.
Sobre a pauta, ela ainda respondeu sobre os desafios do trabalho, deu dicas para quem deseja trabalhar com o marketing e entrou em assuntos polêmicos de sua vida, como o golpe financeira que caiu. Oliveira foi uma das pessoas que teria sido enganada pela professora da rede pública estadual, Elydiana de Castro Gomes e teria perdido mais de R$ 130 mil.
“Ela é criminosa profissional, roubou o estado e cometeu crimes federais. No meu caso, foi fichinha para ela. Não estamos falando de uma pessoa que roubou R$ 1 mil, é de alguém que roubou mais de R$ 400 mil. Se ela utilizasse essa inteligência dela para o bem, estava muito bem sucedida, porque ela é boa”, afirmou.
Kelline contou como tudo aconteceu. “Eu sou empreendedora e ela tinha um planejamento, dizia que era empresária de uma marmitaria. Mostrava contratos, planilhas, CNPJs, fazia os produtos, te entregava, usava uniforme e tinha funcionários. Era uma sociedade como outra qualquer. E ela entrava com a ideia, você tinha capital, ia lá e investia. Ai eu fui colocando, mil, dez mil e quando vi já estava passando dos R$ 100 mil. E até hoje não recuperei nada”.
Questionada se acredita em justiça nesse caso, ela respondeu que não, pois sua denúncia ainda não foi aceita no Ministério Público (MP), enquanto a suposta criminosa a processou por ter exposto tudo nas redes sociais.
“Sendo honesta, eu acredito que não. E vieram todos os traumas que você possa imaginar. Não confio mais nas pessoas. Mas graças a denuncia, várias pessoas criaram coragem, registraram o Boletim de Ocorrência e entenderam que foram vítimas também”, explicou.
A empreendedora ainda abordou sobre o diagnóstico tardio que recebeu de TDH e sobre abuso sexual que sofreu aos 12 anos. “Eu só entendi que o que eu passei foi um estupro porque o psicólogo me diagnosticou. Só fui saber depois que já era adulta e tem muitas mulheres que também não sabem”.