O prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom nunca escondeu de ninguém ser radicalmente um político de direita e bolsonarista dos mais ferrenhos. Por isso, trabalha para que o palanque da sua reeleição no próximo ano tenha nomes que se afinam ideologicamente com seu pensamento, como a ex-deputada federal Mara Rocha (que não deve continuar no MDB) e do senador Márcio Bittar (UB)- este já tendo feito declarações de que estará na sua campanha.
Bocalom quer dar ao seu palanque a cara do Bolsonaro, para tentar a sua reeleição. Não sei se é o caminho certo. A eleição majoritária é plural, e muito pessoal. Quando um candidato entra na simpatia da população não é considerada a ideologia, partido, porque vira uma preferência pessoal. É essa simpatia que o Bocalom tem de buscar, ideologia numa eleição, não é fator essencial para eleger um candidato. O eleitor, numa disputa majoritária, vota no nome e não no partido. A eleição na capital é paroquial. Os exemplos são muitos.
PALAVRAS AO VENTO
Palavras de cobranças justas, mas ao vento, as do governador Gladson e dos deputados na reunião de ontem do Parlamento Amazônico, sobre o alto preço das passagens para o Acre. A questão do preço é mercadológica -custo e benefício- e não se resolve por discursos ou decretos. Muito passa pelo valor alto da gasolina de aviação.
BATEU NA PORTA ERRADA
Pertinente a cobrança da deputada Michelle Melo (PDT) sobre as péssimas condições dos ramais em Plácido de Castro. Cobrou providência do DERACRE, mas bateu na porta errada. Os ramais são de responsabilidade das prefeituras, e neste caso do prefeito Camilo. Tem de cobrar dele. Ponto.
MAIS DO QUE JUSTA
Foi mais do que justa a sanção do projeto do deputado Clodoaldo Rodrigues (Republicanos), que denomina o Hospital do Juruá de “Irmã Nair Reichert”. A Irmã Nair dedicou boa parte da sua vida na condução daquela unidade de saúde.
OU PERDE TODAS
Ou o presidente Lula assume a sua articulação política, ou vai continuar levando uma surra de votos atrás da outra na Câmara Federal. E, em votações prejudiciais ao seu programa de governo, como essa questão do Marco Temporal. Colocar as demarcações de terras indígenas com a última palavra do legislativo, é como colocar mucura para tomar conta de galinheiro. Com essa composição majoritária de direita e extrema-direita, não se demarca um palmo de terra.
BRINCARAM COM FOGO
1.104 dos bolsonaristas malucos que depredaram as sedes do Legislativo, Judiciário e Executivo, já se tornaram réus pelo STF. A maioria vai acabar cumprindo penas severas de reclusão por vários anos, por promoverem uma tentativa de golpe pela volta da ditadura militar. Brincaram com fogo e se queimaram.
MELHOR DO QUE NADA
Falei ontem com um engenheiro que já trabalhou na BR-364, no trecho para Cruzeiro do Sul, e fez uma viagem recente no trecho. Na sua visão, os recursos anunciados pelo DNIT só servirão para serviços paliativos. Melhor do que nada, no governo Bolsonaro as obras foram zero.
UMA VAGA EM DISPUTA
Uma das duas vagas para o Senado, caso dispute a eleição em 2026, tende a ficar com o Gladson. Então, pela lógica, só uma vaga estará aberta.
CAIU NA ANTIPATIA, COMPLICA
Com quem eu converso sobre a eleição para a prefeitura de Tarauacá, me diz que, a prefeita Néia (PDT) terá dificuldade para se reeleger, caiu na antipatia popular. E, quando isso ocorre, é complicado.
NOME MAIS FALADO
Por outro lado, o nome apontado como o com maior chance de ganhar a eleição para a prefeitura de Tarauacá, é o do médico Rodrigo Damasceno. Mas, eleição é eleição.
AVAL DOS CACIQUES
O Marcus Alexandre só não se filia ao MDB se não quiser, pois, ele tem o apoio da executiva regional e dois dos seus maiores caciques, Flaviano Melo e Vagner Sales.
UMA GUERRA
O fato do governador Gladson Cameli não ter como buscar mais um mandato deverá abrir uma guerra dentro dos partidos, para a escolha de nomes competitivos para a disputa. Alan Rick, Jorge Viana e Nicolau Junior, Maila Gomes, são os mais comentados nos bastidores. Mas como é muito cedo, é provável que novos nomes surjam na disputa. Muita água ainda vai rolar.
PRECISA COSTURAR
A nota dos seis vereadores da base da prefeita Fernanda Hassem de que, o candidato à sua sucessão em Brasiléia tem de sair da sua base parlamentar, é um sinal de que a prefeita precisa costurar uma unidade do seu grupo em torno da sua candidata preferida, Suly Guimarães, que não tem mandato. Numa eleição, ter mandato ou não é relativo.
BUSCANDO ABRIGO
Quem esteve ontem em Rio Branco buscando apoio para a sua candidatura a prefeito de Brasiléia foi o ex-vereador Joelson Pontes (PP). Se reuniu com o grupo Dêda-Deputada Maria Antônia (PP), na busca de uma aliança para sua candidatura. Falta ainda o MDB definir o seu candidato a prefeito.
VAI E VEM
A eleição para a prefeitura de Rio Branco vai ficar nesse marasmo este ano. Os nomes citados até aqui como possíveis candidatos à PMRB, só devem anunciar suas candidaturas no próximo ano. Estão certos. Antecipar a eleição do próximo ano, seria um erro de estratégia.
NÃO É GARANTIA
Apoiar é uma coisa. Transferir votos é outra. Quem for ser o candidato a prefeito da capital do Gladson precisa se viabilizar na população. Os votos do Gladson são pessoais. Um exemplo foi na eleição da Socorro Neri, que apoiou, intensamente, para a PMRB, e ela perdeu. A derrota do Ney Amorim (PODEMOS) para o Senado é outro exemplo de que, o Gladson não transfere seus votos. Portanto, quem for ser seu candidato a prefeito coloque a barba de molho.
VELAS PARA NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
O prefeito de Cruzeiro do Sul, Zequinha, deve acender velas para a padroeira do município, Nossa Senhora da Glória, se a Jéssica Sales (MDB) não for candidata a prefeita. Porque neste caso sua reeleição seria uma mão na roda. Com a Jéssica o buraco é mais fundo.
FRASE MARCANTE
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, á sombra do Onipotente descansará… Salmo 91.