Por dívida de R$ 2,4 milhões, serviço de anestesia será suspenso na Fundhacre

A empresa Sindor, que presta serviço de anestesia para o Pronto-Socorro nos atendimentos de urgência e emergência, Maternidade Bárbara Heliodora, mutirões de cirurgias e para a Fundação Hospital do Acre (Fundhacre) anunciou que vai suspender os atendimentos a partir desta quinta-feira, 1º de junho.

Segundo levantamento obtido pela reportagem do ac24horas, a dívida da Sesacre com a empresa é de R$ 2,39 milhões referentes aos meses de fevereiro, março e abril, sendo que o montante do mês de maio ainda não foi faturado.

Conforme comunicado da empresa, o governo do estado, por meio da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) vem trabalhando sem planejamento, organização e compromisso em honrar as obrigações contratuais atuais.

A Sindor diz ainda que está desde fevereiro sem receber e, por isso, profissionais não tem interesse em vir para o Acre.

“Até então, nós jamais havíamos suspendido o serviço, mesmo quando a Lei nos amparava, pensando na população, que não merece pagar por erros de gestores públicos. E mesmo nos momentos mais difíceis, nós conseguimos nos desdobrar para manter a assistência à população que nada mais é do que uma vítima das pessoas que deveriam lhes representar. Porém, também temos família e, como explicado, não podemos mais suportar tamanho ônus”, diz um trecho da carta divulgada pela empresa.

A prestadora de serviço encerra o comunicado questionando a resistência que diz sofrer dentro da Sesacre. “Para encerrar, fazemos mais um questionamento à sociedade: vocês conseguem compreender qual o motivo para uma empresa que jamais deu problemas dentro da assistência, que sempre atendeu todas as demandas da SESACRE (mesmo algumas vezes fora do prazo) e que têm o menor custo para a execução dos serviços encontrar tanta RESISTÊNCIA dentro da SESACRE? Nós não”, diz.

A reportagem procurou a Secretaria Estadual de Saúde e aguarda um posicionamento sobre a decisão da empresa e como ficam os atendimentos de urgência e a realização de cirurgias eletivas na Fundhacre.

Confira na íntegra a carta da Sindor: