A briga a ser travada para o comando da prefeitura de Rio Branco no próximo ano não é o foco principal para as várias lideranças envolvidas na sua disputa. O foco principal é a eleição para o governo em 2026. A prefeitura da capital seria apenas uma base importante de apoio para quem vai disputar o Palácio Rio Branco. Se o Bocalom for reeleito o seu candidato será um nome com ideologia da extrema-direita. Se o Marcus Alexandre ganhar pode ser o trampolim para o bloco da esquerda em aliança com o MDB e PSD, ter um canal para navegar para o governo. Uma vitória do Alysson Bestene para a PMRB significaria ter o poder municipal para dar continuidade ao projeto do atual governo, com um candidato vindo do grupo. A eleição para a prefeitura da capital se reveste de este cenário. A eleição municipal é em 2024, mas o foco mesmo é a disputa do governo em 2026. Por isso, a sua importância política.
NÃO TEM VOLTA
Ao não ser que o Marcus Alexandre seja um masoquista político, está descartado disputar a PMRB pelo PT.
PAU SECO
O carma do desgaste do PT ainda é forte em meio ao eleitorado da capital. Acordem! O PT em Rio Branco está igual pau seco, quem se encostar nele corre o risco de cair junto.
PARECE QUE ESTÃO NO PODER
Quem vê os dirigentes petistas André Kamai e Cesário Braga falando sobre o PT, parece que ainda estão no poder. Terão que começar do zero.
COISAS DO ACRE
O vereador recebe seu salário para trabalhar pela população. Mas, nós, os contribuintes, temos ainda que pagar por fora, para cada um deles, 4 mil reais para alimentação e outros penduricalhos. Pode ser legal, mas imoral, num município onde tem gente que mal tem o dinheiro para comprar o seu arroz e feijão da cada dia.
O MILAGRE DO SILÊNCIO
Falando nos vereadores, o prefeito Tião Bocalom zerou as críticas à sua gestão na Câmara Municipal de Rio Branco, usando o instrumento político que antes condenava: a distribuição de cargos na prefeitura. Esse foi o milagre da mudez dos nossos edis.
NÃO ABRIU A BOCA
Até o momento o subsecretário de Esportes Carlão Gouveia ainda não abriu a boca para falar o que pretende fazer e que projetos tem para a área.
NÃO CAÍRAM NA REAL
Alguns dos nossos políticos, ainda não caíram na real de que, o golpe militar esperado falhou igual traque molhado. E continuam lamentando, rancorosos, como se isso tivesse o condão de reverter a vitória do Lula.
TUDO COMBINADO
Não se trata de teoria da conspiração, mas o Marcus Alexandre vai para outro partido combinado com o Jorge Viana. É que o JV sabe ser mais fácil uma campanha do Marcus fora do PT. E o Marcus ganhando a PMRB, o apoiará para o governo em 2026. Esse jogo está muito
claro.
ÁGUA NA FERVURA
Com a deputada federal Socorro Neri (PP) na presidência do diretório municipal, o sonho do prefeito Tião Bocalom disputar a reeleição pelo PP começa a virar fumaça. Ambos não se afinam na política, já tendo acontecido trombadas públicas de ambos. Quem comanda a eleição municipal é quem preside o diretório.
NINGUÉM É DONO
Juridicamente, ninguém é dono de nada em Rodrigues Alves. Não se pode usar um imóvel, uma área rural, porque não estão titulados. Essa luta do deputado Clodoaldo Rodrigues (Republicanos) para a regularização fundiária do município, faz muito sentido. Aliás, esse é um problema sério.
ERROU DE TOM
O deputado Emerson Jarude (MDB) se encontra isolado no partido porque nunca procurou se entrosar com os que carregam a sigla há décadas. Não conseguiu uma identidade partidária. Não vejo outro caminho para o Jarude que não seja sair do MDB, onde não é tido como confiável. Se quer ser candidato a prefeito, pense em outra sigla para pôr a candidatura na rua.
BOA ALMA
Há muito tempo não o via. Soube ontem da sua passagem para o andar de cima. O ex-deputado Ulysses Modesto sempre foi uma daquelas figuras desarmadas, generoso, uma boa alma. Descanse em paz, Ulysses!
DEBATES MAIS FRACOS
Não existe nem como fazer uma comparação, a atual legislatura da ALEAC é bem mais fraca em termos de debates do que a legislatura passada. Com a composição antiga de deputados os debates eram acalorados, vibrantes, hoje é aquele eterno feijão com arroz.
MUITA FALTA
Volto a repetir que fazem muita falta os ex-deputados Roberto Duarte, Gérlen Diniz, Daniel Zen e Jenilson Leite, que davam um ar de parlamento à ALEAC. Não tinha sessão pasmaceira com esse quarteto na tribuna.
NÃO TEM OPOSIÇÃO
Tirando o deputado Edvaldo Magalhães (PCdoB), não existe oposição ao governo do Gladson na ALEAC. É uma briga tremenda nos discursos na base governista, para ver quem elogia mais o atual governo.
NÃO É BOM PARA O GOVERNO
Ter uma bancada dizendo amém e sim senhor a tudo o que o governo faz não é bom para nenhum governo, porque não tem ninguém para lhe apontar os erros. E nenhum governante é infalível.
NÃO ESPERE O CONTRÁRIO
Na eleição municipal não esperem nenhuma rebeldia da vice-governadora Mailza Gomes (PP). Vai apoiar para prefeito da capital no PP, o nome a ser escolhido pelo governador.
NINGUÉM QUER
Não existe monopólio na linha de ônibus para Cruzeiro do Sul. É que com a péssima condição da estrada não tem empresário que queira concorrer para acabar com a sua frota, num ramal abandonado, em que se transformou no governo do Bolsonaro a BR-364.
TEM SEU LADO
Não concordo com nenhuma das idéias de extrema-direita defendidas pelo senador Márcio Bittar (UB), mas tem um fato positivo na sua posição, que é o dele ter lado ideológico. O pior na política é ficar em cima do muro.
ESPAÇO VAZIO
Com a eleição dos vereadores Michelle Melo(PDT) e Emerson Jarude (MDB) deputados estaduais, a oposição ao trabalho do prefeito Tião Bocalom acabou. E ninguém ocupou o espaço.
FRASE MARCANTE
“O artista tem que ser gênio para alguns e imbecil para outros. Se puder ser imbecil para todos melhor ainda”. Nelson Rodrigues, dramaturgo.