O presidente da Câmara Municipal dos Vereadores em Rio Branco, Raimundo Neném (PSB), falou na tarde desta quinta-feira, 11, ao Bar do Vaz, sobre os últimos acontecimentos políticos que envolvem a gestão pública na capital acreana.
Apesar de integrar a base de apoio ao prefeito Tião Bocalom na Câmara, Neném não poupa críticas ao parceiro e diz que se ele nada fizer nesses próximos 16 meses que restam até acabar o mandato, será difícil alcançar uma reeleição.
O vereador diz ainda não concordar com muitas atitudes que vêm sendo tomadas por alguns colegas na Casa, principalmente após ter segurado a votação de reajuste de 47% nos próprios salários por cerca de 4 meses, até ser vencido pelos votos.
“Os colegas não tiveram a responsabilidade pelo momento de crise causado pelas enchentes. Eu sempre falei que estávamos vivendo uma catástrofe, que não era momento de discutir reajuste salarial”, disse o vereador, que reside em zona de periferia na cidade. “Sei o quanto a população estava precisando de apoio, não tinha clima para aumento de salário, mas fui vencido”.
Neném ressalta que a população reclama e cobra muito nas ruas, e que tenta levar as pautas de reivindicações até o prefeito, mas que percebe que o trabalho não está ocorrendo como deveria.
“Se Bocalom não resolver os problemas nesse verão, não tem mais jeito. Espero que nesses 16 meses que faltam para Bocalom, ele consiga fazer alguma coisa. Que ele licitasse pelo menos o transporte coletivo, que a equipe dele vem empurrando com a barriga”, argumenta.
Para o presidente da Câmara, alguns secretários da prefeitura não tem a mínima condição de ocupar a pasta. “Eu, como vereador, tenho que me posicionar. Mas somos base e a base vai até o final. Acredito que Bocalom ainda possa fazer muita coisa, mas tem que mexer as peças”.
Assista à entrevista na íntegra:
