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Em 2022, mercado de trabalho e Auxílio Brasil permitem recuperação dos rendimentos

Por
Edmilson Ferreira

Em 2022, o rendimento médio mensal real domiciliar per capita nos Estados da região Norte, onde se localiza o Acre, cresceu 18%. Segundo o IBGE, esse aumento se deve ao mercado de trabalho e ao Auxílio Brasil, agora ampliado e convertido para Bolsa Família.


No país, esse valor chegou a R$1.586, com alta de 6,9% frente a 2021, quando registrou o menor valor (R$ 1.484) da série histórica iniciada em 2012. Com isso, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita subiu 7,7% ante 2021, chegando a R$ 339,6 bilhões.


A região Nordeste segue com menor rendimento médio mensal domiciliar per capita (R $1.011), enquanto o Sul tem o maior (R$ 1.927).


O percentual de pessoas com rendimento na população do país subiu de 59,8% em 2021 para 62,6% em 2022, maior proporção da série histórica, iniciada em 2012.


O rendimento médio real de todas as fontes cresceu 2,0% frente a 2021 e chegou a R$ 2.533, o segundo menor valor da série, desde 2012. Já o rendimento de todos os trabalhos (R$ 2.659) caiu 2,1%, enquanto o rendimento de outras fontes (R$ 1.657) cresceu 12,1%.


De 2021 para 2022, a massa do rendimento mensal real de todos os trabalhos subiu 6,6%, indo para R$ 253,1 bilhões. Foi uma recuperação após as perdas de 5,6% em 2020 e de 3,2% em 2021, durante a pandemia.


Entre 2021 e 2022, caiu bastante (de 15,4% para 1,5%) a proporção de domicílios com algum beneficiário de outros programas sociais, o que inclui o auxílio emergencial, ao passo que aumentou (de 8,6% para 16,9%) a proporção de domicílios com algum beneficiário do Auxílio Brasil/Bolsa Família. Essas oscilações podem estar ligadas a migrações entre benefícios (quando fosse mais vantajoso) ou a eventuais dificuldades dos informantes em identificar corretamente qual benefício recebiam.


Em 2022, o rendimento médio do 1% da população que ganha mais (rendimento domiciliar per capita mensal de R$ 17.447) era 32,5 vezes maior que o rendimento médio dos 50% que ganham menos (R$ 537). Em 2021, essa razão era de 38,4 vezes.


A desigualdade de rendimentos diminuiu no conjunto da população e também na população ocupada: o Índice de Gini do rendimento domiciliar per capita caiu de 0,544 para 0,518 e o Gini do rendimento de todos os trabalhos caiu de 0,499 para 0,486, ambos os menores da série.


Em 2022, a massa do rendimento mensal real domiciliar per capita subiu 7,7% ante 2021, chegando a R$ 339,6 bilhões em 2022. A região Nordeste segue com menor rendimento médio mensal domiciliar per capita (R $1.011), enquanto a Sul segue com o maior (R$ 1.927).


Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua: Rendimento de todas as fontes 2022, divulgada nesta quinta-feira (11) pelo IBGE.


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Edmilson Ferreira

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