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Saldo do emprego com carteira assinada caiu mais de 58% no primeiro trimestre do ano

Carteira de Trabalho - 04-05-2017 - Vários modelos de Carteira de Trabalho e Previdência Social do Ministério do Trabalho do Brasil.

Conforme o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados – CAGED, do Ministério do trabalho, o número de empregos com carteira assinada gerado no Acre em março foi de 566. No mês, foram 4.738 contratações e 4.172 demissões.                                       


Comparativamente a estados do Norte, o Pará gerou 4.033 vagas em março, enquanto o Amazonas gerou 1.547 vagas. Nos demais estados, Rondônia gerou 1.094 vagas, Tocantins 1.821, Roraima 1.057 e o Amapá foi o único estado do Norte que apresentou saldo negativo de menos 41 vagas.


Em relação aos municípios acreanos, 09 deles apresentaram saldos positivos, com destaque para os saldos de Rio Branco (430), Sena Madureira (95), Manoel Urbano (64), Cruzeiro do Sul e Senador Guiomard, ambos com 21 vagas. Os municípios que apresentaram saldos negativos foram 12, com destaque para Feijó (-31), Mâncio Lima (-28), Bujari (-13), Xapuri (-11) e Capixaba (-10). O município de Rodrigues Alves manteve a estabilidade no mês, apresentando 07 admissões e 07 desligamentos, com saldo zero. 


Com o resultado de março, no primeiro trimestre de 2023, o saldo dos empregos com carteira assinada no Acre foi de 652 vagas, resultantes de 12.642 admissões e de 11.990 desligamentos. Comparando-se com o mesmo período do ano passado, onde o saldo foi de 1.578 vagas, observa-se uma redução de 58,7%, conforme pode ser observado no gráfico a seguir:



Já em relação aos últimos 12 meses (abril/22 a março/23) o saldo do Estado foi de 6.631 vagas, resultante de 50.302 admissões e 43.671 desligamentos. Comparando-se com o mesmo período do ano passado (abril/21 a março/22), onde o saldo foi de 8.243 vagas, percebe-se uma redução de 19,6% de um período para o outro. Nota-se que embora as admissões mantiveram-se quase estáveis, no entanto, os desligamentos cresceram numa dimensão muito maior que no período anterior, observando que só em janeiro de 2023 o saldo foi negativo de menos 671 vagas. Os dados para os dois períodos estão representados no gráfico a seguir.



Em relação ao estoque de empregos, os dados do Caged mostram que, até o final de março de 2023, o Acre tinha 92,97 mil empregos com carteira assinada, o chamado estoque de empregos formais. O resultado representa aumento de 13,4% na comparação com março de 2022, quando o estoque estava em 86,37 mil.


Quanto aos empregos com carteira assinada por setores da economia, o destaque nos três primeiros meses de 2023 foi o setor de serviços, que gerou 611 vagas, seguido pela indústria com 334 vagas. O único resultado negativo foi verificado no setor do comércio, que perdeu 340 vagas no período, conforme demonstrado na tabela a seguir.



Ainda quanto aos estoques por setores, verifica-se que o maior número de trabalhadores com carteira assinada no Acre está alocado no setor de serviços (49,4%), seguido pelo setor do comércio (30,4%). Os setores da indústria e da construção, juntos, possuem 16,2% e finalmente o setor da agropecuária com 4%.


Para o saldo de 652 vagas no primeiro trimestre de 2023, 55,4% foram preenchidos por homens (361) e 44.6% por mulheres (291). As pessoas que possuem o nível médio como escolaridade foram responsáveis pelo saldo de 735 vagas. Já as pessoas com nível superior apresentaram o maior saldo negativo (-146 vagas). Quanto a faixa etária, o saldo positivo ocorreu somente nas faixas que vai até 24 anos (saldo de 1.133). As demais apresentaram saldo negativo, destaque para a faixa que vai de 30 a 39 anos que apresentou saldo negativo de (-241).


No Brasil, o salário médio de admissão real (descontada a inflação) foi de R$ 1.960,72 em março deste ano, o que representa queda em relação a fevereiro, quando estava em R$ 1.990,78. Em março de 2022, o salário médio de admissão real foi de R$ 1.954,63.


Com a proximidade do período menos chuvoso na região, espera-se uma reação do chamado mercado formal de trabalho. Investimentos públicos e privados devem fazer elevar as admissões nos vários setores da nossa economia.



 Orlando Sabino escreve às quintas-feiras no ac24horas