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Cachorro morre sob cuidados de uma creche para pet no Acre

Benjamin, cachorro de estimação, era tido como da família - Foto: Arquivo Pessoal
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Foto: arquivo pessoal/Caio Cavalcante


O casal Caio Cavalcante e Larissa Ribeiro, foram surpreendidos ao receberem a notícia de que seu cachorro de estimação tido como da família, Benjamin, havia sido hospitalizado após ser esquecido dentro de um veículo sob os cuidados de uma creche para pets.

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Caio conta que na terça-feira da semana passada, 04, a proprietária do estabelecimento foi buscar o animal em casa por volta das 7h45. Por volta das 9h, na creche que é destinada a animais de estimação, o animal foi esquecido dentro de uma caixa de transporte no interior de um veículo. “Ele ficou esperando que a pessoa que o levou para lá para brincar fosse buscá-lo”, explicou.


Larissa Ribeiro, esposa de Caio, afirmou que as informações que a proprietária da creche divulgou nas redes sociais sobre o tempo que o animal teria ficado sem supervisão não faz sentido. “Não condiz com o relatório da veterinária que atendeu o Ben, porque pegamos a ficha dele e diz que ele deu entrada no hospital às 11 da manhã. Você não demora das 9h40 para às 11 da manhã para chegar ao hospital”, disse.


De acordo com as informações do casal divulgadas hoje em rede social, o termômetro do hospital que atendeu Benjamin sequer foi capaz de aferir sua temperatura, de tão alta, sendo considerada impossível sua recuperação apesar do esforço da equipe do hospital. “É difícil imaginar o que ele passou dentro daquele carro, esquecido, totalmente sozinho. Ele foi literalmente cozinhado”, lamentou Caio Cavalcante.


Os proprietários do cachorro da raça Pug só foram notificados depois das 15h, quando a dona da creche ligou para informá-los de que o estado de saúde do animal era estável. No hospital, Caio afirma que Benjamin não respondia mais a nenhum estímulo, e faleceu minutos depois.


A família agora lamenta a perda e acusa a creche de negligência.


O outro lado

A empresária Ana Fonseca, proprietária da creche animal Petrioca Pets, admitiu que houve negligência de sua empresa a Benjamin, e disse compartilhar da dor da morte do pet. “Não quero, de forma alguma, negar responsabilidade, mas também foi uma fatalidade porque eu jamais iria me colocar nessa posição de passar pelo transtorno que estou tendo. Compartilho, em parte, do sofrimento dos clientes porque o Ben foi um dos primeiros clientes, um cachorro que eu amava. Tem sido difícil pra mim carregar o peso do óbito dele”, disse.


Apesar disso, Ana Fonseca afirma que alguns fatos relacionados ao caso estão sendo distorcidos para tornar a situação sensacionalista. Segundo ela, informações disponíveis em redes sociais sugerem que a morte de Benjamin teria sido quase de propósito. “Falaram que a gente não prestou nenhum tipo de socorro. Duas veterinárias estavam comigo. Eu saí do Pronto Socorro veterinário e o cachorro estava em observação, não estava nem internado”.


O que aconteceu, segundo Ana Fonseca

Na manhã do último dia 04, Ana Fonseca saiu de sua residência para buscar Benjamin e outros 3 animais. Por volta das 9 da manhã, já na creche, Ben é esquecido no carro dentro de uma caixa de transporte, com carro aberto e na sombra.


Por volta das 10, a empresária nota a ausência de Ben no pátio da creche e faz uma busca pelo animal, encontrando-o dentro do veículo com dificuldades respiratórias e língua arroxeada. Ao se deparar com a situação, Ana afirma ter retirado o animal da caixa de transporte, ligado para uma veterinária parceira da empresa que estava habituada com Benjamin, e ter se encaminhado ao Pronto Socorro Veterinário. Este percurso teria levado cerca de 20 minutos.


“A gente chegou com o Ben e não fez ficha. Cheguei e depois que ele [Benjamin] estava no oxigênio, com aplicação de medicamentos, fui fazer a ficha dele. Por isso o prontuário diz que a entrada aconteceu às 11h”, explica Ana.


Sobre a não notificação dos tutores de Ben até este momento, Ana Fonseca afirma que em situações de emergência a prioridade é o atendimento ao animal. “Eu não podia parar pra ligar pra família, para depois ter outro transtorno”.


A empresária afirma que, até aquele momento, o cachorro conseguia andar mesmo que cambaleante, então ela deixa Ben sob os cuidados do hospital em observação e vai para casa. No caminho, os tutores de Benjamin são informados sobre a situação.


O caso foi denunciado ao Ministério Público e um boletim de ocorrência foi registrado.

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