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Rio Branco tem 421 moradores de rua e a maiora é homem

Foto: pessoas em situação de rua em Rio Branco I Sérgio Vale/ac24horas
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Não há informação precisa sobre a população de rua no Acre, mas de acordo com o cadastro do Centro Pop são 421 pessoas nessa condição em Rio Branco, em geral jovens do gênero masculino cuja idade varia de 20 a 45 anos e se tornaram sem-teto em função principalmente da dependência química.


Esses grupos estão em vários locais mas ocupam principalmente o Centro de Rio Branco e seu crescimento chama a atenção das políticas de direitos humanos, cuja principal ação, de parte do Governo do Estado, é a implementação do Plano Estadual de Atenção à População em Situação de Rua.

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“O Plano já existe e está em fase de revisão para que realmente seja implementado”, disse ao ac24horas Elissandro Freitas, chefe do departamento de Promoção da Política de Direitos Humanos


O cenário nacional não é diferente do Acre. A população em situação de rua no Brasil cresceu 38% entre 2019 e 2022, quando atingiu 281.472 pessoas. A estimativa, que revela o impacto da pandemia de Covid-19 nesse segmento populacional, consta da publicação preliminar “Estimativa da População em Situação de Rua no Brasil (2012-2022)”, divulgada no final do ano passado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). O estudo inédito, que será detalhado posteriormente em nota técnica, atualiza a estimativa de população em situação de rua em nível nacional.


Em uma década, de 2012 a 2022, o crescimento desse segmento da população foi de 211%. Trata-se de uma expansão muito superior à da população brasileira na última década, de apenas 11% entre 2011 e 2021, na comparação com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O crescimento da população em situação de rua se dá em ordem de magnitude superior ao crescimento vegetativo da população. Além disso, esse crescimento se acelerou nos últimos anos”, comentou o pesquisador do Ipea Marco Antônio Carvalho Natalino, autor do estudo que analisou a evolução no quantitativo de pessoas em situação de rua até 2022.


A pesquisa avalia que o Brasil ainda precisa evoluir para uma contagem censitária mais precisa e efetiva da população em situação de rua. Natalino lembrou que, em 2010, essa população foi incluída no Cadastro Único e, em 2011, passou a ter direito de acesso aos serviços do Sistema Único de Saúde (SUS) mesmo sem comprovante de residência. Em 2012, foi regulamentado o funcionamento dos Consultórios na Rua (CnR).


No Brasil há estudos sobre essa população mas os dados variam. O Observatório da População de Políticas Públicas, plataforma da Universidade Federal de Minas Gerais, criou um mapa indicando que em 2021, por exemplo, existiam 16 moradores de rua na cidade de Cruzeiro do Sul, a 2ª maior do Acre.


Crescente no Estado, tem sido constante o envolvimento desses grupos em atos de violência, como agressor ou vítima.


De acordo com a Secretaria de Assistência Social, causas diversas como conflitos familiares, desemprego, desilusão amorosa, ausência de moradia potencializam a permanência nas ruas.


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