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Mapa da desigualdade: abismo entre ricos e pobres só aumenta no Acre

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A desigualdade de renda no Brasil é ainda maior do que o imaginado. Essa é a principal conclusão de estudo da Fundação Getúlio Vargas unindo a base de dados do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) à da Pnad Contínua: o índice de Gini chegou a 0.7068 em 2020, bem acima dos 0,6013 calculados apenas a Pnad contínua. Cada 0,03 pontos equivale a uma grande mudança da desigualdade. Para o cálculo do Gini, quanto mais perto de 1 está o índice, maior é a desigualdade.


Se a fotografia da distribuição de renda é péssima, o filme da pandemia também é. Mesmo com o auxílio emergencial, ao contrário do que se acreditava, a desigualdade brasileira não caiu durante a pandemia. Pela abordagem usual o Gini teria caído de 0,6117 para 0,6013, já na combinação de bases o Gini, sobe de 0.7066 para 0,7068. Isso pois as perdas dos mais ricos (dos 1%+ foi -1,5%) foram menos da metade das da classe média tupiniquim (-4,2%), a grande perdedora da pandemia.


Lugares do Brasil com mais renda do IRPF por habitante são Brasília (R$ 3.148), São Paulo (R$ 2.063) e Rio de Janeiro (R$ 1.754). No Acre, a renda média é de R$ 634,54. Nas capitais as maiores rendas estão em Florianópolis (R$ 4.215), Porto Alegre (R$ 3.775) e Vitória (R$ 3736). Em Rio Branco, a renda é de R$1.063,89, configurando-se na cidade mais rica do Acre. Já Marechal Thaumaturgo, com renda de R$88,15, e Porto Walter (R$89,53) são as mais pobres.

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No levantamento anterior (com dados de 2019) Marechal Thaumaturgo aparecia com renda de R$ 89,00 enquanto em Rio Branco figurava com R$1.038,00. Na comparação, o mais rico ficou ainda mais rico e o mais pobre empobreceu ainda mais.


Ou seja: há um abismo que parece abrir-se ainda mais entre os moradores da capital e cidades do Vale do Juruá acreano -apesar da pobreza espraiar, não com tanta profundidade, também pelos municípios do Vales do Acre e Abunã: Em Capixaba, a renda é de R$157,02 e em Plácido de Castro, R$282,98.


A Unidade da Federação com a menor declaração de patrimônio por habitante é o Maranhão (R$ 6,3 mil). No outro extremo está o Distrito Federal (R$ 95 mil). Mas mesmo dentro da capital há muita concentração de riqueza, liderada pelo Lago Sul (R$ 1,4 milhões). A renda IRPF por habitante no Lago Sul é R$ 23.241, três vezes maior que o Município mais rico do Brasil que é Nova Lima, na Grande BH (R$ 8.897).


Este estudo mapeia fluxos de renda e estoques de ativos dos mais ricos brasileiros a partir do último IRPF disponível. Esta análise é útil para o desenho de reformas nas políticas de impostos sobre a renda e sobre o patrimônio.


Os dados do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) gerados pela Receita Federal do Brasil (RFB) nos permitem captar a renda dos mais ricos brasileiros, que os dados de pesquisas domiciliares tradicionalmente usados em estudos sobre pobreza e desigualdade. Assim, podemos pensar nos critérios para declaração do imposto de renda como uma linha de riqueza que permite identificar os residentes no país com maior poder de compra. Esses números constam do Mapa da Riqueza divulgado nesta terça-feira (14) pela FGV com base em dados de 2020/21.


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