Mercado financeiro eleva projeção da inflação de 5,74% para 5,78%

A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) – considerada a inflação oficial do país – subiu de 5,74% para 5,78% para este ano. A estimativa consta do Boletim Focus de hoje (6), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), em Brasília, com a expectativa de instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.
Para 2024, a projeção da inflação ficou em 3,93%. Para 2025 e 2026, as estimativas são de inflação em 3,5%, para ambos os anos.
A previsão para 2023 está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é de 1,75% e o superior de 4,75%.
Da mesma forma, a projeção do mercado para a inflação de 2024 também está acima do centro da meta prevista – 3% – também com os intervalos de tolerância de 1,5 ponto percentual.
De acordo com o Banco Central, a inflação só ficará dentro da meta a partir de 2024, quando deverá se situar em 3%, e em 2025, (2,8%). Para esses dois anos, o CMN estabelece uma meta de 3% para o IPCA.
Em janeiro, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15), que é a prévia da inflação, teve aumento de 0,55% [, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Em 2022, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, fechou com uma taxa de 5,79% acumulada no ano. A meta estava em 3,5%, com a mesma margem de tolerância, e podia variar entre 2% e 5%.
Taxa de juros
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros, a Selic, definida em 13,75% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom). A taxa está no maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava nesse patamar.
Após a primeira reunião do ano, na semana passada, o Copom indicou que os juros podem ficar altos por mais tempo que o previsto e não descartou a possibilidade de novas elevações caso a inflação não convirja para o centro da meta, como o esperado, em meados de 2024.
Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 12,5% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é de que a taxa básica caia para 9,75% ao ano. Já para 2025 e 2026, a previsão é de Selic em 9% e 8,5%, respectivamente.
Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.
Além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas.
Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é de que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.
PIB e câmbio
A projeção das instituições financeiras para o crescimento da economia brasileira neste ano variou de 0,8% para 0,79%. Para 2024, a expectativa para o Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – é de crescimento de 1,5%.
Para 2025 e 2026, o mercado financeiro estima expansão do PIB em 1,89% e 2%, respectivamente.
A expectativa para a cotação do dólar está em R$ 5,25 para o final de 2023. Para o fim de 2024, a previsão é de que a moeda americana fique em R$ 5,30.

O nível do Rio Acre voltou a subir após ter estabilizado entre 9 da manhã e meio dia na capital acreana.
Na medição das 15 horas divulgada pela Defesa Civil, o manancial subiu mais dois centímetros e agora o nível é de 16,88m.
Com o aumento, o nível está subindo dois centímetros a cada três horas. Se persistir esse ritmo de aumento, o Rio Acre alcançaria a marca de 17 metros durante a madrugada desta quarta-feira.

Dados da Defesa Civil Municipal apontam que o nível do Rio Acre alcançou 16,86 metros na manhã desta terça-feira, 28, na Capital acreana e com a cheia, mais de 40 mil pessoas estão atingidas devido às águas dos igarapés e manancial.
Além disso, cerca de 2 mil pessoas estão desabrigadas e a estimativa é de que o número de desalojados seja acima de 4 mil. De acordo com o coordenador do órgão de proteção, Tenente-Coronel Cláudio Falcão, mais de 50 famílias estão abrigadas no Parque de Exposição, e que mais bairros estão sendo monitorados.
“Mais de 40 mil pessoas foram atingidas e quase nove mil famílias estão desabrigadas. Já temos 30 abrigos, incluindo duas associações e o Parque de Exposições. Temos mais de 35 bairros atingidos, o que pode chegar a 39, nas próximas horas”, disse Falcão.

Há sete anos tendo como única renda uma pequena mercearia em sua propriedade localizada próximo à passarela da Rua Botafogo, no bairro da Paz, em Rio Branco, o comerciante João Batista Alves viu todo seu patrimônio ser levado pelas águas do Igarapé Batista em questão de horas. Ele não teve tempo de retirar nada e até a roupa que vestia no último sábado, quando retornou para ver os prejuízos, perdeu.
“Não tenho nenhum suporte para repor o que foi levado pela alagação. Espero que venha alguma ajuda do poder público, caso contrário, vou ter que encerrar minhas atividades como comerciante”, lamentou.
João Batista e a esposa, que trabalha como diarista, moram numa área próxima ao igarapé que já foi atingida várias vezes pelas águas do manancial que corta toda a região e deságua no São Francisco. “Nas vezes anteriores, tínhamos tempo de nos preparar e nunca foi necessário retirar as mercadorias. A água subiu muito rápido e tivemos que sair de casa, já que eu e a mulher corríamos risco. Quando retornou, tudo estava destruído”, disse Batista.
No meio das mercadorias que sobraram, todas molhadas, poucas servindo para comida de animais. João Batista disse que desde que montou a mercearia melhorou de vida, e era o que mantinha a família. Era minha única renda, já que não tenho emprego ou aposentadoria. Minha esposa às vezes trabalha como diarista. Minha única esperança é que o poder público cumpra com a promessa de ajudar. A abertura de um crédito para repor o estoque seria bem-vindo. Se isso não acontecer, me resta decretar a falência”, concluiu o comerciante.

As famílias retiradas de suas casas por causa da enxurrada de igarapés e córregos na semana passada e que ainda estão abrigos públicos reclamam que querem voltar para suas residências, já que os igarapés e córregos voltaram ao seu nível normal.
Algumas das famílias, por exemplo, que estão abrigadas na escola Anice Dib Jatene, no Manoel Julião, e saíram por conta do transbordo do Igarapé São Francisco dizem que não receberam nenhuma posição da prefeitura sobre a operação de volta para casa.
O ac24horas conversou na manhã desta terça-feira, 28, com Cláudio Falcão, coordenador da Defesa Civil de Rio Branco, que explicou como será o procedimento para que as famílias voltem para suas residências.
“Os igarapés estão em seu leito. É normal que essas famílias queiram retornar para suas casas. Ainda não autorizamos porque precisamos avaliar a questão da segurança que as residências oferecem. A partir de hoje, vamos iniciar as vistorias nas casas das pessoas que estão abrigadas e a partir daí montar equipes para o retorno”, afirma.
Falcão diz ainda o que pode ocorrer caso a residência não ofereça segurança. “Caso alguma dessas casas seja interditada, a família pode mudar de abrigo e no futuro ser atendida pelo programa de aluguel social, caso a casa não tenha mais condições de ser habitada”, diz.
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