Sebastião Pedrosa de Oliveira 55 anos, natural de Cruzeiro do Sul, mora em uma parada de ônibus na Avenida 25 de Agosto, uma das mais movimentadas da cidade, desde agosto do ano passado. Ele dorme no banco de ferro e tem uma cadeira, uma mesa, roupas e lençóis cobertos por um plástico. O banheiro que usa, segundo ele, é de uma casa abandonada na Avenida Mâncio Lima.
O homem conta que morou fora de Cruzeiro do Sul por 23 anos e trabalhou em Rio Branco, Porto Velho e em Manaus. Ele voltou para a terra natal em 2012 e trabalhou em algumas empresas, depois descarregando balsas e caminhões e vendendo picolé. Sebastião cita que não consegue mais trabalhar nem pagar aluguel e por isso mora desde o ano passado na parada de ônibus.
” Aqui tenho vários conhecidos e amigos que me dão comida, me ajudam e ninguém mexe comigo mas eu queria uma casa minha para morar “, relata ele contando que já tentou morar com parentes e já esteve em imóvel de aluguel social, mas não deu certo segundo seu Sebastião.
Confuso, ele diz que espera receber um montante de dinheiro por uma causa trabalhista contra uma mineradora do Amazonas e, que aí, deverá comprar uma casa para morar. Afirma que durante a pandenia de Covid-19, teve acesso a um auxílio pontual mas que depois, não recebeu mais recursos de nenhum tipo de benefício social. Seu Sebastião relata que toma medicação controlada desde 2004 e que já foi atendido no Centro de Atenção Piscicososial – Caps Náuas, região central de Cruzeiro.
” Agora o que eu quero é minha medicação porque está Suspensa. Eu preciso também de uma casa minha porque aluguel social é só por três meses aí depois eu volto pra rua e com parente não dá certo “, pede o homem que mora na parada de ônibus de Cruzeiro do Sul, há poucos metros da Secretaria de Estado de Assistência Social, da Mulher e dos Direitos Humanos – SEAMD.