Na capital, nível do Rio Acre fica abaixo dos 10 metros

As chuvas que atingiram a região de Rio Branco nos últimos três dias não contribuíram para que o nível do Rio Acre aumentasse neste fim de semana.
De sexta-feira para domingo, houve uma redução de 96 centímetros, de acordo com os dados disponibilizados pela Coordenadoria de Defesa Civil Municipal (COMDEC).
Na sexta-feira, 20, na estação da capital acreana, o manancial atingiu 10,62 metros, caindo para 10,18 no sábado, 21, e para 9,66 neste domingo, 22. As leituras são sempre feitas às 6 horas da manhã. A cota de alerta na capital é de 13,50 metros e a de transbordo é de 14 metros.
O último aviso meteorológico do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) indica perigo potencial de chuvas intensas para grande parte do Acre, região central do estado e Vale do Juruá, mas as regionais do Baixo e Alto Acre estão fora da faixa amarela indicativa dessa previsão.
Em outras cidades, como Feijó, o Rio Envira segue como no dia anterior, marcando 10,09 metros. Lá a cota de alerta é de 11 metros e a de transbordamento é de 12 metros.
Em Jordão, banhada pelos rios Tarauacá e Jordão, o nível baixou de ontem para hoje – 3,24m para 2,94m. As cotas de alerta e transbordamento são de 7m e 7,5m, respectivamente.
Em Tarauacá, o Rio Tarauacá subiu 10 centímetros, de acordo com a leitura deste domingo, mas o movimento de enchente demonstra estar perdendo força, segundo a Defesa Civil Municipal.
Não foi possível obter informações atualizadas do Rio Juruá, em Cruzeiro do Sul.

A Travessa Serra que é o principal acesso ao Bairro Tropical na capital acreana está com o fluxo de veículos comprometido após parte do asfalto ceder na tarde deste domingo, 26, por causa das chuvas ocorridas em Rio Branco ao longo dos ultimos dias.
O curioso é que a travessa passou por um trabalho de recuperação realizado pela prefeitura nos últimos meses e mesmo assim, o asfalto cedeu completamente.
A população pede que o tráfego de veículos seja interrompido o mais rápido possível, já que o asfalto continua cedendo e pode fazer com que uma cratera fique ainda maior e o trabalho de recuperação seja ainda mais demorado.

A chuva intensa que atinge as cidades do Acre também afeta o interior do estado. Na cidade de Brasiléia, o Rio Acre transbordou e atingiu a cota de 12,20 metros neste domingo, 26.
Devido a grande cheia do manancial, a famosa Praça do Seringueiro, Hugo Polo, acabou sendo inundada, além disso, ruas e avenidas estão submersas. A cota de alerta no município é de 9,8 metros e a de transbordo,11,4 metros. Segundo dados da Defesa Civil local, 8 bairros foram atingidos e mais de 32 famílias precisaram ser retiradas de casas e foram para abrigos.
Ao todo, são 88 pessoas desabrigadas. Na região, a Escola KJK está funcionando como abrigo na cidade.

A Avenida Sobral que faz àa ligação à uma das regiões mais populosas da capital acreana está interditada.
Servidores da RB Trans estão no local para fazer interdição por medida de segurança, já que o volume da água pode provocar acidentes na região.
Com o aumento do nível do Rio Acre, a água transbordou e alaga a via de acesso aos bairros Sobral, Aeroporto Velho, Bahia, Palheiral, entre outros. Se o volume de água continuar crescendo os moradores das ruas próximas do bairro João Eduardo também começarão a ser afetadas e o número de desabrigados pode aumentar consideravelmente na capital acreana.

A equipe ministerial do governo Lula formada por Marina Silva (Meio Ambiente)e Waldez Góes (Desenvolvimento Regional) realizou uma visita ao bairro Conquista, em Rio Branco, local que foi duramente atingido pela cheia do igarapé São Francisco nos últimos dias.
Juntamente com o governador Gladson Cameli e o prefeito Tião Bocalom, a ministra Marina presenciou o cenário de destruição de boa parte das famílias atingidas e revelou que a situação é catastrófica e voltou a garantir ajuda do governo federal às famílias. Segundo a acreana, as cheias tendem a se repetir cada vez mais devido a falta de cuidado com a natureza. “Isso de repete ano após ano e o presidente Lula já está tomando todas as providências necessárias tanto para as medidas emergências e depois estruturantes”, comentou.
Silva garantiu que o governo do Estado e a prefeitura de Rio Branco precisam realizar projetos para a reconstrução de ruas e casas danificadas. “Precisamos dar essa socorro e criar medidas para remover essas pessoas de locais sensíveis à ação da natureza”, declarou.
Já o ministro do desenvolvimento regional, Waldez Góes, se mostrou perplexo com o desastre ambiental na capital e sem revelar valores, prometeu recursos para o poder público. “Temos que reconstruir as casas e amenizar os impactos da cheia aqui no Acre”, reforçou.
Um dos moradores da região, identificado por Júnior, contou que a perda da maioria da população, cerca de 500 famílias, foi geral. “Quase todo mundo aqui perdeu tudo, infelizmente, precisamos de ajuda para reconstruir a vida e de água para limpar as coisas”, mencionou.
O governador Gladson Cameli, disse que a situação merece toda a atenção do governo. “Vamos resolver esse problema, ajudando as famílias que, infelizmente, perdeu tudo com as cheias. Essa vinda do governo federal é de fundamental importância para isso”, garantiu.
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