Situação é crítica em Puerto Maldonado, a 230 km de Assis Brasil, segundo jornalista

Longas filas nos postos de combustíveis e falta total de verduras e legumes nos mercados locais são alguns dos efeitos que a população de Puerto Maldonado, cidade a 230 quilômetros de Assis Brasil está sofrendo em decorrência da crise política no Peru.
“Escassez de alimentos com aumento do preço do gás com preço de até 180 soles, combustível com especulação e preços que começam a subir, entre outros. Há 17 dias já temos novas autoridades e isso demonstra paciência e calma. Falta de iniciativa própria”, diz o jornalista Júlio César Garcia.
Além de jornalista, García é professor da Universidade Amazônica de Madre de Dios. Ele tem acompanhado com preocupação o aumento da violência e a falta de perspectivas para a solução da crise política no país andino.
A marcha nacional a Lima está programada para ter o seu ápice na próxima quinta-feira, 19 de janeiro. A mobilização está sendo chamada de Marcha dos 4. Segundo o jornal peruano La República, manifestantes de várias regiões do país já estão na capital.
A presidente Dina Boluarte se manifestou sobre as manifestações que estão por vir e diz que está disposta a receber no Palácio do Governo os dirigentes que chegam de Cajamarca, Andahuaylas, Lambayeque, Puno, Cusco.
“Não queremos mais sangue. Disseram que correrão rios de sangue, não queremos. Chega, calma, a gente sabe que eles querem tomar Lima, por tudo que está acontecendo, dias 18 e 19. Eu convoco eles para tomarem Lima, mas com calma e em paz, eu os espero na casa do governo poder falar sobre as agendas sociais que eles têm”, disse Boluarte.
Tendo mobilizado esforços para a repatriação de brasileiros que ficaram sitiados em meios a protestos e bloqueios de estradas durante cerca de uma semana no Peru, o governo do Acre mantém a recomendação de que as viagens ao país vizinho sejam evitadas.

A Prefeitura de Rio Branco informou que a partir desta segunda-feira, 27, vai suspender o atendimento do Restaurante Popular ao público para atender, exclusivamente, aos desabrigados das cheias com a alimentação.
No restaurante são preparadas cerca de duas mil marmitas, por dia, distribuídas entre os 25 abrigos espalhados nas regionais. Inclusive, muitas pessoas que usam o local diariamente estão desabrigadas e receberão uma marmita.
O município informou ainda que logo esse momento de crise passe, o atendimento voltará ao normal.

O Departamento de Trânsito do Acre (Detran) declarou neste domingo, 26, que são falsas as informações em áudio e vídeo que circulam nas redes sociais de que agentes do Detran estão aplicando multas àqueles que estacionam em áreas de risco ou com risco de alagamento. Todos os esforços têm sido no sentido de orientar os condutores a deixarem essas áreas.
“Neste momento, entendendo a situação de emergência pela qual passa a capital, nossas equipes estão apenas orientando motoristas a respeito do estacionamento, bem como paradas desnecessárias em áreas alagadas. Quem precisar do auxílio do Detran, pode entrar em contato com o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), que atende pelo número 190”, lembrou Wanderson Lima.
Além disso, o Detran está realizando esforços junto aos demais órgãos públicos para minimizar os transtornos causados pela cheia repentina do Rio Acre e seus afluentes em Rio Branco desde a última quinta-feira, 23.
Servidores das áreas operacional e administrativa estão envolvidos no socorro às famílias atingidas pelas águas, seja auxiliando na retirada de móveis das residências, no recebimento das pessoas em abrigos ou no controle do tráfego nas vias interditadas.
“Nesse momento precisamos priorizar o socorro às famílias. Muitas pessoas precisam desse trabalho para salvar seus pertences, móveis e animais. O Detran está trabalhando diuturnamente de forma a garantir que os trabalhos transcorram da melhor forma, por isso precisamos da compreensão de todos”, disse o coordenador da Fiscalização de Trânsito, Wanderson Lima.
Nos últimos dois dias inúmeros foram os transtornos causados por condutores que, sem necessidade alguma, estacionaram seus veículos em locais proibidos e de forma a atrapalhar manobras de caminhonetes e caminhões envolvidos nas operações de resgate aos desalojados.
As equipes de fiscalização pedem que a população não compareça aos locais inundados apenas pela curiosidade e que só circule nessas regiões com seus veículos se houver extrema necessidade.

Devido a forte chuva deste domingo, que ocasionou no aumento de 6 cm no nível do Rio Acre, vários pontos da cidade acabaram inundados em meio ao acúmulo das águas.
Além da Avenida Sobral, na Baixada da Sobral, algumas ruas no bairro Rui Lino 3 ficaram subtemas pelas águas dos bueiros, alguns veículos por pouco não foram danificados na rua Aripuana.

A Universidade Federal do Acre (UFAC) acabou de anunciar que lança nesta segunda-feira, dia 27, um edital para auxiliar de forma emergencial seus alunos atingidos pela alagação em Rio Branco.
De acordo com a instituição, além do edital, outras alternativas para ajudar os estudantes estão sendo estudadas e devem ser anunciadas em breve.
A medida deve ajudar casos como da estudante Bruna Furtado, que faz o curso de engenharia florestal e é moradora do bairro 6 de Agosto.
“Eu sou uma das centenas de alunas da UFAC que foram atingidas pelas cheias Aqui na 6 de agosto, onde eu moro, a água tomou conta das casas das pessoas. O auxílio da Ufac vai ajudar não só a mim, mas a minha família, e tenho certeza que a família de muita gente”, disse.
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