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Alexandre de Moraes inclui Bolsonaro em investigação de atos contra os três Poderes

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O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes acatou um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e incluiu o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas investigações dos atos criminosos em Brasília que resultaram nos ataques às sedes dos Três Poderes no último domingo (8).


A investigação tenta descobrir quem são os autores intelectuais e instigadores dos atos. Na ocasião, apoiadores do ex-presidente depredaram a o Palácio do Planalto, o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal.


Na terça-feira (10), o ex-presidente postou em seu perfil no Facebook uma desinformação em que contestava o resultado eleitoral e dizia que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não teria sido eleito pelo povo. Apagou horas depois.

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Na decisão, Moraes determinou que a Meta/Facebook preservasse o vídeo, inclusive os metadados “pertinentes à postagem (data, horário, IP etc.), para melhor aferir sua autoria, e, por fim, informações sobre seu alcance (número de visualizações, número de compartilhamentos e número de comentários), antes de ser apagado”.


O ministro disse, ainda que o interrogatório do ex-presidente deve ocorrer em um outro momento. “Diante das notícias de que o ex-presidente não se encontra no território brasileiro, o pedido de realização do interrogatório do representado, Jair Messias Bolsonaro, será apreciado posteriormente, no momento oportuno”.


Na sua decisão, o ministro ainda alertou sobre a formação de uma possível organização “que tem por um de seus fins desestabilizar as instituições republicanas”. Essa organização acabaria se utilizando de uma rede virtual de apoiadores que atuam “para criar ou compartilhar mensagens que tenham por mote final a derrubada da estrutura democrática e o Estado de Direito no Brasil”.


Moraes ainda alertou que seguirá atuando contra quem agir contra a democracia. “Os agentes públicos (atuais e anteriores) que continuarem a ser portar dolosamente dessa maneira, pactuando covardemente com a quebra da Democracia e a instalação de um estado de exceção, serão responsabilizados, pois como ensinava Winston Churchill, ‘um apaziguador é alguém que alimenta um crocodilo esperando ser o último a ser devorado”.


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