Duas de 9 medidas econômicas anunciadas Haddad preveem corte de despesas

Apenas duas das medidas do plano de recuperação fiscal anunciado por Haddad na quinta-feira (12) preveem corte de despesas. O grupo de ações que devem ser tomadas pelo governo federal tem como objetivo melhorar a situação fiscal do país, reduzindo o rombo nas contas públicas.
O Ministério da Fazenda anunciou que pretende reduzir o déficit das contas públicas dos 2,3% atualmente previstos para 2023 para menos de 1% do PIB. Entre elas, um programa de refinanciamento tributário, chamado “Litígio Zero”.
A maioria das medidas econômicas visa o aumento da arrecadação, como a volta da cobrança de impostos federais sobre a gasolina, mas apenas duas destinam-se ao corte de despesas do governo.
As duas ações de redução de despesas são: efeito permanente da revisão de contratos e programas e a autorização de execução inferior ao autorizado na LOA 2023. Cada uma delas teria um impacto de R$ 25 bilhões no PIB de 2023, o que representaria 0,47% do indicador.
Veja o pacote de medidas anunciado por Haddad:
Revisão de contratos e programas
Segundo o pacote de Haddad, as duas medidas de corte de despesas terão um impacto de R$ 50 bilhões nas contas públicas. A primeira delas é referente a uma revisão de contratos e programas feitos na gestão anterior, na qual seriam economizados R$ 25 bilhões.
De acordo com Murilo Viana, especialista em contas públicas, não ficou muito claro quais contratos seriam reavaliados para corte de despesas.
“Esse é um valor muito alto para falar em revisão de programas, além de algo bastante genérico. Os ministérios estavam bastante travados no governo anterior por falta de recursos, então muitos programas já foram revistos”, destacou.
O especialista afirmou que uma possibilidade de revisão seria no Bolsa Família.
“Pode haver uma melhoria da eficiência do programa, que historicamente é um programa de sucesso e muito bem estudado internacionalmente, mas que perdeu eficiência demais durante a gestão Bolsonaro”, pontuou.
“Houve uma expansão além da conta com o Auxílio Brasil e uma dificuldade de identificação de cadastro pelo distanciamento da Covid, e isso afetou o CadÚnico e a avaliação do benefício distribuído”, acrescentou.
Autorização de execução inferior ao autorizado na LOA 2023
Já a segunda medida anunciada por Haddad prevê que o governo não gastará R$ 25 bilhões do autorizado a gastar pela Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2023. Ou seja, haverá um corte de despesas que estava previsto e era esperado antes pela Fazenda.
“A Lei Orçamentária autoriza despesas e aprovou um gasto de despesas, mas após o aumento do espaço com a PEC do Estouro, o que o Haddad disse é que não será necessário gastar até R$ 25 bilhões”, explicou.
Arrecadação
Já na parte de arrecadação, uma das medidas de Haddad é a volta do ICMS na base de cálculo, uma reoneração parcial dos combustíveis a partir de março. O ministro destacou que a decisão do governo sobre a desoneração de PIS/COFINS sobre os combustíveis só será tomada após Jean Paul Prates assumir a presidência da Petrobras.
Vale ressaltar que, no dia em que tomou posse, Lula editou uma medida provisória (MP) que prorrogou por 60 dias a desoneração da gasolina e do diesel até o final do ano, levando a perda de arrecadação para a União.
O plano de ações inclui uma revisão já feita pelo Tesouro Nacional das contas previstas para 2023, e que elevaram a projeção de receitas para o ano em R$ 36,40 bilhões, o equivalente a 0,34% do PIB.
De acordo com Haddad, com essa cifra, somada aos valores dos ativos do PIS/Pasep, que acrescentam outros R$ 23 bilhões, “já estamos falando de praticamente R$ 60 bilhões [a mais] de receita primária, sem que nada precise ser feito”.
Revisões de contratos da gestão anterior também é uma estratégia que deve ser seguida pelo novo governo, além de carta branca aos ministérios para reavaliar e, se necessário, calibrar programas sociais.
“Haverá uma possível renegociação de contratos e de reavaliação de políticas públicas no governo federal”, disse a ministra do Planejamento, Simone Tebet.
“Todos os ministérios deverão avaliar as necessidades. Não significa que vão anular ou cancelar [os programas], mas, sim, analisar cada caso. E terão a liberdade de dizer se vão manter, reavaliar ou cancelar o programa”, acrescentou.

A Secretaria Municipal de Assistência Social e Direitos Humanos (SASDH) de Rio Branco disponibilizou na noite deste sábado, 25, um portal para que os interessados em ajudar as pessoas atingidas pelas enchentes possam se manifestar.
Os postulantes a voluntários podem se inscrever por meio do endereço: http://voluntarios.riobranco.ac.gov.br/. Os inscritos deverão participar das ações de acolhimento desempenhadas no apoio aos desabrigados e desalojados pela alagação.
O boletim da enchente, emitido pela Defesa Civil Municipal, informou que às 18 hora deste sábado, o nível do Rio Acre na capital acreana estava marcando 16,34 metros. Em Rio Branco, a cota de alerta do manancial é de 13,50 metros e a de transbordamento 14 metros.
Cerca de 30 bairros foram atingidos e 33 mil pessoas afetadas pela enchente do Rio Acre, córregos e igarapés por toda a cidade. Até o momento, 500 pessoas estão desabrigadas e quase 2 mil pessoas desalojadas, que foram para casa de familiares.

Devido ao transbordamento do Rio Andirá, o tráfego de veículos na BR-364, trecho compreendido entre Sena Madureira e Rio Branco, deverá ser interditado nas próximas horas. É o que garante a comandante Ivanise Pontes, da Polícia Militar de Sena Madureira.
De acordo com a comandante ao portal Yaconews, os moradores devem evitar viagens desnecessárias para a capital, Rio Branco, a não ser que seja uma questão de saúde urgente. Segundo ela, é preciso que a população fique em alerta e tome as medidas necessárias para evitar situações de risco.
Cotidiano
Risco de alagações em Rio Branco, Brasiléia e Assis Brasil é elevado no domingo, diz Centro

O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) elevou de ´moderado´ para ´alto´ o risco de eventos hidrológicos no Acre neste domingo (26) devido à intensidade das chuvas. Até este sábado (25) a ocorrência desse fenômeno era tida como moderada.
O Cemaden fala em atenção as cidades de Rio Branco, Assis Brasil e Brasiléia. “Considera-se alta a possibilidade de ocorrência de eventos de inundação para a mesorregião Vale do Acre, com atenção para a capital Rio Branco, Brasiléia e Assis, onde o rio tem atingido a cota de inundação”, diz o Cemaden.
Com nível de alerta moderado, a região do Sul do Amazonas, com destaque em Boca do Acre, também aparece no mapa do Cemaden por conta da onda de cheia do rio Acre.

O ex-deputado estadual Geraldo Pereira, pelo PT, usou as redes sociais para alfinetar, mesmo que indiretamente, o prefeito da capital, Tião Bocalom (PP), devido a ausência do gestor na enchente que assola a cidade desde a noite de quinta-feira, 23.
De acordo com o petista, a falta da presença física do chefe do executivo municipal, faz com que a população passe a sentir falta da administração do ex-prefeito Marcus Alexandre – que governou a capital de 2013 a 2018. “Marcos Alexandre dentro d’água, passava confiança: o povo sabia que ele estava presente”, cutucou Pereira.
O ex-prefeito, inclusive, já usou as redes sociais na última sexta prestando solidariedade à população atingida pelas águas dos igarapés e Río Acre.
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