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Queimadas em novembro quase dobram em relação a 2021, segundo Monitor do Fogo

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O Monitor do Fogo do MapBiomas acaba de divulgar os resultados de novembro e os números são assustadores. As queimadas no mês passado quase dobraram em relação a 2021, com a Amazônia concentrando 81% do total.


No consolidado de janeiro a novembro, ela responde por quase metade do território consumido pelo fogo. Nesse período, as florestas da Amazônia queimaram quase o dobro do que foi queimado em florestas na região no ano inteiro de 2021.

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Com os números de novembro, o território brasileiro que foi queimado desde janeiro é maior que a soma dos territórios da Escócia e da República Tcheca – um acumulado de 15,9 milhões de hectares.


A área queimada em novembro em todo o território nacional — 775 mil hectares — foi 89% superior ao registrado no mesmo mês de 2021. Desse total, 81% (627 mil hectares) foram queimados na Amazônia.


A maior parte da área queimada (58%) no mês passado foi em vegetação nativa, sendo que mais de um terço (35%) atingiu formações florestais. Dentro os tipos de uso agropecuário do solo atingidos, as pastagens se destacaram, representando 38% da área queimada em novembro.


Os estados líderes em extensão destruída pelo fogo foram Pará, Mato Grosso, Rondônia e Amazonas. Os municípios de Querência (MT), Lábrea (AM), Pacajá (PA) e Porto Velho (RO) foram os que tiveram maior área queimada.


“Os dados do monitor do Fogo de área queimada em novembro só vêm confirmar o que já tínhamos visto com os focos de calor. Logo após o segundo turno das eleições houve um aumento da área queimada em um mês que normalmente não teríamos muito fogo por conta das chuvas”, analisa Ane Alencar, Coordenadora do Mapbiomas Fogo e Diretora de Ciência do IPAM.


Uma nova funcionalidade do Monitor do Fogo são as áreas queimadas por Unidades de Conservação e Terras Indígenas. Ela mostra que em novembro as UCs que mais queimaram foram RESEX Chico Mendes, RESEX do Rio Cajari e RESEX Verde para Sempre. No caso das Tis, o ranking é liderado pela Parque Indígena do Xingu, TI Paresi e TI Capoto/Jarina.


A grande maioria (70%) da área queimada foi em vegetação nativa, principalmente em formações savânicas e campestres. Porém foram as florestas que tiveram maior aumento em relação ao ano passado: 86%, ou cerca de 2,7 milhões de hectares.


Desse total, 85% ocorreram na Amazônia. Entre janeiro e novembro, as florestas da Amazônia queimaram quase o dobro do que foi queimado em florestas na região no ano inteiro de 2021. Um terço (30%, ou 2,3 milhões de hectares) do que foi queimado na Amazônia afetou florestas, sendo incêndios ou desmatamento seguido de fogo.


As Unidades de Conservação que lideram o ranking de área queimada de janeiro a novembro de 2022 são Parque Nacional do Araguaia, Estação Ecológica Serra Geral do Tocantins e Parque Nacional das Nascentes do Rio Parnaíba. No caso das Terras Indígenas, as que mais queimaram no período são Parque Indígena do Araguaia, TI Raposa Serra do Sol e Parque Indígena do Xingu.


Dentro os tipos de uso agropecuário queimados em 2022, as pastagens se destacaram, representando 25% da área queimada nos onze primeiros meses de 2022.


O estado que mais queimou entre janeiro e novembro deste ano foi Mato Grosso: 3,6 milhões de hectares, extensão equivalente a países como Taiwan ou Guiné Bissau. O estado foi responsável por quase um quarto do que foi queimado no Brasil nesse período.


Pará e Tocantins ocupam o segundo e o terceiro da posição no ranking, com 2,7 milhões de hectares (equivalente ao território do Haiti) e 2,2 milhões de hectares (mais que todo o País de Gales), respectivamente. Juntos, esses três estados representaram 57% da área queimada total no período.


Destaques Amazônia

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· A área queimada entre janeiro e novembro de 2022 na Amazônia já é superior em 49% ao que foi queimado em 2021.


· Os três municípios que mais queimaram no Brasil em novembro de 2022 estão na Amazônia: Querência (MT), Lábrea (AM) e Pacajá (PA).


· Os três municípios que mais queimaram no Brasil de janeiro a novembro de 2022 estão na Amazônia: São Félix do Xingu (PA), Altamira (PA) e Porto Velho (RO).


· A formação florestal foi o tipo de vegetação nativa que mais queimou na Amazônia, 30% da área queimada entre janeiro e novembro de 2022.


· 627 mil ha queimaram na Amazônia em novembro de 2022, com um aumento de 106% em relação ao mesmo mês do ano anterior.


· A pastagem foi a classe de uso da terra que mais queimou, com 46% da área total queimada na Amazônia em novembro de 2022.


Com informações da Assessoria de Comunicação do MapBiomas.


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