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Líder indígena do Acre diz que integrar transição do governo Lula beneficia povos da floresta

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O líder indígena Ashaninka de Marechal Thaumaturgo, no interior do Acre, Benki Piyãko, de 48 anos, que está na Europa, disse que a sua participação no grupo técnico dos Povos Originários criado na transição pro governo Lula, será muito importante para os povos da floresta.


Benki, que sempre esteve à frente da defesa do território indígena do povo Ashaninka, na fronteira com o Peru, ameaçado por madeireiros e caçadores, lidera ações de reflorestamento e sustentabilidade e busca garantir autonomia cultural e também econômica dos povos da floresta por meio de projetos agro florestais.

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Ele é agente agroflorestal e criou uma rede que inclui índios, seringueiros e ribeirinhos no manejo da terra e no reflorestamento. Mais de 1 milhão de árvores foram plantadas no Acre e outras partes do mundo como parte das estratégias promovidas por Benki, que podem ser adaptadas às necessidades ecológicas e culturais de cada comunidade.


“Estar nessa transição vai ser muito importante pra todos nós. Vamos colocar sempre nossa posição na frente dessa política com uma visão bem ampla sobre tudo que aconteceu”, citou Benki Piyãko.


Foi em 1990, então com 16 anos, que Benki foi “apresentado” ao mundo por meio da música do cantor Milton Nascimento, que levou o nome dele. Benki é o nome da canção de Milton e Márcio Borges lançada no álbum Txai.


Aos 18, Benki participou da Eco 92, onde denunciou a devastação da floresta e defendeu o direito do índio à terra. Em 2004 recebeu o Prêmio Nacional de Direitos Humanos, como personalidade indígena, concedido pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República em reconhecimento por sua liderança na defesa da floresta, da Terra Ashaninka e pela defesa da soberania e integridade territorial brasileira.


Ministério dos Povos Originários


Nessa quarta-feira , 16, no discurso feito na Convenção Mundial do Clima -COP-27, no Egito, o presidente eleito Lula reafirmou a intenção de criar o Ministério dos Povos Originários no Brasil.


“Vamos criar o Ministério dos Povos Originários para que os próprios indígenas garantam a sua segurança, paz e sustentabilidade. Os povos originários devem ser protagonistas de sua preservação”, disse.


Os ex-governadores Jorge Viana e Binho Marques, além da ex-senadora e ex-ministra Marina Silva, são os outros 3 acreanos que estão na equipe de transição do governo Lula.


Nomes do grupo dos Povos Originários


Além de Benki Piyãko, representante político e xamânico do povo Ashaninka, fazem parte do grupo dos Povos Originários da transição, Célia Xakriabá, deputada eleita (PSOL-MG), ativista indígena do povo Xakriabá em Minas Gerais e membro da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas Guerreiras da Ancestralidade.

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Davi Kopenawa Yanomami, líder político Yanomami e presidente da Hutukara Associação Yanomami


João Pedro Gonçalves da Costa, ex-presidente da Fundação Nacional do Índio (Funai) e ex-senador (PT-AM)


Joênia Wapichana, primeira mulher indígena eleita deputada federal (Rede-RR)


Juliana Cardoso, vereadora na cidade de São Paulo (PT) e deputada federal eleita (PT-SP)


Márcio Augusto Freitas de Meira, ex-presidente da Funai


Marivelton Baré, presidente da Federação das Organizações Indígenas do Rio Negro


Sônia Guajajara, deputada federal eleita (PSOL-SP)


Tapi Yawalapiti, liderança e cacique do povo Yawalapiti da região do Alto Xingu.


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