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O sucatão

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Não é de hoje que o ex-governador Jorge Viana diz que “o PT precisa se reinventar”. Em queda livre desde que se afogou no maior escândalo de corrupção da história brasileira, a companheirada vem enfrentando maus bocados diante dos resultados eleitorais.


A democracia brasileira seria fortalecida se o PT, incluindo Jorge Viana, de fato, passasse pelas engenhocas de mudanças comportamentais ou calçasse as sandálias da humildade.

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Jorge deveria entender o seguinte: o PT de hoje não tem o apoio popular e parlamentar como dispunha no tempo em que era tido como o abrigo sagrado de todos os santos, mesmo que estes fossem do pau ôco.


Do pedestal de onde nem as derrotas sucessivas conseguiram destroná-lo, Jorge Viana soltou os cachorros para cima do governador reeleito Gladson Cameli , do senador eleito Alan Rick , da deputada federal Socorro Neri e do pecuarista Assuero Veronez.


Em entrevista recente, do nada, Jorge fez beicinho para Gladson apenas pelo motivo do vencedor ter manifestado seu respeito à democracia, sendo um dos primeiros governadores a parabenizar o presidente pela vitória.


Vale ressaltar que Gladson se expressou imediatamente, quando a eleição estava matematicamente decidida e o TSE sequer tinha declarado o vencedor.


A atitude incomodou Jorge, que talvez desejasse ver o governador questionando
o processo eleitoral como se este tivesse sido honesto para o eleger e fraudado para derrotar Bolsonaro; ou estimulando a queima de pneus para impedir o trânsito nas estradas.


Contraditoriamente, Jorge Viana exige que o PT se transforme numa exuberante Ferrari, ao passo que o gesto medíocre dele o reduz à comparação com um fusquinha ano 1968, com carburador, platinado e tudo o mais de retrógrado da mecânica automobilística.


Gladson é governador dos acreanos, assim como Lula será presidente de todos os brasileiros. E nessa condição, o Gladson terá que procurar o presidente da República eleito pelo PT para tratar dos interesses do Acre, da mesma forma que Jorge Viana, do PT, à época, procurou o ex-presidente Fernando Henrique, do arquirrival PSBD.


O Acre não tem tutano nos ossos para brigar com a União e todos esperam que Jorge, por birra, não se transforme em pedra de tropeço para os interesses do Estado.


Ainda somos uma unidade da federação que precisa de investimentos estruturais feitos pelo governo federal.


Antes de usar adjetivos chulos, Jorge Viana deveria levar em consideração que o partido dele não elegeu nenhum parlamentar federal no Acre e o presidente, caso queira, vai ter que conversar com a bancada acreana. Jorge não terá a prerrogativa do veto.


Se a nota de Gladson causou essa ciumeira toda, imagino a dor de cotovelo quando o presidente tiver que receber a bancada acreana e não notar a presença um petista eleito no meio deles.


Quanto à reinvenção petista , já li e assisti declarações do presidente eleito nas quais ele diz que sua vitoria “não foi uma vitória apenas do PT”. Para governar Lula terá que fazer alianças e concessões políticas.


Vamos torcer para que Jorge Viana substitua o carburador de seus rompantes políticos por uma moderna injeção eletrônica e se reinvente para reduzir a arrogância dele.

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