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Caso celular na escova: advogada diz que foi enganada pela família do detento preso em Sena

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A advogada Vania do Nascimento Barros, que foi conduzida à Delegacia de Polícia Civil de Sena Madureira na manhã desta terça-feira (27) depois que um aparelho de telefone celular foi encontrado dentro de uma escova de lavar roupas que ela levava junto com outros materiais a um detento, seu cliente, se manifestou sobre o caso por meio de pedido de direito de resposta.


Leia aqui: Advogada é flagrada ao tentar entrar com telefone no presídio

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No seu pronunciamento, Vania diz que foi enganada pela família do detento após ser contratada pelo pai dele, José Idelfonso da Silva Neto, com quem ela diz que tinha um elo de confiança, para lhe prestar assistência. A advogada afirmou que por confiança na família e pelo exercício da profissão, bem como por se tratar de pessoas idosas e evangélicas, foi que levou o material.


Vania Barros também argumentou que permaneceu e acompanhou a revista no material que seria entregue ao detento, o que, para ela, demonstra total desconhecimento do ilícito e boa-fé de sua parte, e que se realmente soubesse que existia material ilícito escondido no material, jamais teria aceitado realizar a entrega.


A profissional do Direito ainda disse que atua há mais de 10 anos na área jurídica, seja em órgãos públicos ou na própria advocacia e nunca se envolveu com situações desse tipo e que sua conduta sempre foi de honestidade e justiça.


“Em nenhum desses anos, cometi algo que pudesse ferir minha conduta, sempre atuei dentro dos ditames legais e morais, sempre em atenção não só a legislação, mas meus próprios princípios de ética, moral e caráter. No mais, informo que todas as medidas legais já estão sendo tomadas para a comprovação de minha boa-fé”, concluiu.


A seguir, a íntegra da resposta enviada pela advogada:


Direito De Resposta


Em atenção a notícia que circula em nosso Estado, divulgada em sites/jornais, o qual descrevem que esta advogada signatária teria sido flagrada entrando em um presídio com celular irregularmente, no dia 27 de setembro de 2022, me manifesto, como direito a resposta que:


É de praxe que os advogados criminalistas, em situações em que a família tem dificuldade de acesso ao preso, como no caso ocorrido, levar aos presos materiais de higiene e de limpeza que necessitam.


No dia 27 de setembro de 2022 fui contratada para uma diligência, junto ao Presídio de Sena Madureira/AC, pela família de um recluso, o qual foi me pedido para levar produtos de uso pessoal, higiene e limpeza. Ao receber o material não foi observado, por mim, nenhuma irregularidade deixada pelo idoso pai e ora contratante, informando inclusive que quem teria comprado o material teria sido sua esposa, mãe do reeducando, por confiança na família e por exercício da minha profissão, bem como por se tratar de pessoas idosas e “evangélicas” é que levei o material. Frise ainda que, tanto o reeducando como o genitor, ora contratante o senhor JOSÉ IDELFONSO DA SILVA NETO, são meus clientes de longas datas, assim, existia um elo de confiança.


Diante disso, após o deferimento do Diretor do Presídio na entrega do material e ter falado com o cliente, permaneci e acompanhei a revista, o que demonstra total desconhecimento do ilícito e boa-fé desta profissional, se realmente soubesse que existia material ilícito escondido no material, jamais teria aceitado realizar a entrega, ao passo que, por total desconhecimento do produto ilícito escondido dentro de uma escova de lavar roupas, permaneci no local e fiz questão de acompanhar a vistoria.


Fato este que demonstra minha total boa-fé na situação, o qual me torna assim vítima de uma situação de engano por uma família que tinha confiança, mas que pelo contrário me enganaram ao me dar um material que não era lícito.


Atuo mais de 10 (dez) anos na área jurídica, seja em órgãos públicos, ou na própria advocacia e nunca me envolvi com situações desse tipo, pelo contrário, minha conduta sempre foi de HONESTIDADE, JUSTIÇA.


Em nenhum desses anos, cometi algo que pudesse ferir minha conduta, sempre atuei dentro dos ditames legais e morais, sempre em atenção não só a legislação, mas meus próprios princípios de ética, moral e caráter.

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No mais, informo que todas as medidas legais já estão sendo tomadas para a comprovação de minha boa-fé.


Sem mais, me coloco a disposição para qualquer esclarecimento.


Atenciosamente,


Vania Barros.


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