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O sarapatel político de Brasiléia

PARA QUEM NÃO conhece a gastronomia regional, o sarapatel é um prato com a mistura de várias vísceras. É um menu com fama de indigesto. E, virou o cardápio político do dia em Brasiléia, com a declaração feita ontem de apoio da prefeita Fernanda Hassem (PT) à reeleição do governador Gladson Cameli (PP). Ficou uma situação meio complicada para explicar, mas vamos deixar para o leitor decifrar. 


A Fernanda Hassem é do PT. Resolveu apoiar o Gladson, que é do PP. Até aí, nada demais, é do jogo político. Só que, a sua sogra Vanda Milani (PROS), que teve seu grupo expurgado do governo, é candidata a senadora na chapa do candidato a governador, senador Sérgio Petecão (PSD). E, tem mais um componente neste sarapatel: o candidato ao Senado na chapa do Gladson, é o ex-deputado Ney Amorim (PODEMOS). 


E vamos seguir: já imaginaram a cena da prefeita Fernanda Hassem (PT), nas ruas de Brasiléia, pedindo votos para o Gladson Cameli (PP); e, nestas mesmas ruas, a sua nora Vanda Milani (PROS), pedindo votos para o Sérgio Petecão (PSD) ao governo, como é que vai ficar a cabeça do eleitor?


Quem deve estar rindo de toda a confusão é o governador Gladson Cameli (PP), que saiu ganhando e causou uma grande confusão na oposição. E, ainda atingiu diretamente seu feroz adversário para o governo, Jorge Viana (PT). Não atingiu diretamente o senador Sérgio Petecão (PSD); mas mexeu com a composição interna da sua campanha, da qual a candidata a senadora Vanda Milani (PROS), é um dos pilares.


 Até a votação, pode aparecer boi voando.


NÃO SE PERDE O QUE NUNCA SE TEVE


O SENADOR Petecão (PSD) encarou com naturalidade o movimento político da prefeita Fernanda Hassem (PT), em Brasiléia: “Não se perde o que nunca se teve”.


SEM A MÍNIMA CHANCE


CONHECENDO um pouco do perfil da deputada federal Vanda Milani (PROS), posso afirmar sem chance de erro ser zero a hipótese, dela apoiar o governador Gladson.


A CARA DO CESÁRIO


ANO passado, quando começou a especulação de que dos quatro prefeitos do PT, apenas o Bira Vasconcelos (PT), seria fiel ao partido na eleição; o então presidente do PT, Cesário Braga, reagiu indignado e criticando o noticiário, com a afirmação; “Não é verdade, conheço meus companheiros”. Pelo visto, o Cesário não conhecia coisa alguma.


SE ROENDO POR DENTRO


CONHEÇO um pouco do ex-governador Jorge Viana (PT), é provável que não se pronuncie agora sobre a debandada dos três prefeitos do PT para a canoa do Gladson Cameli, mas no momento certo deve fazê-lo.


MOVIDAS POR DINHEIRO


ESQUEÇAM todas as composições políticas feitas até este momento. O não cumprimento financeiro pode levar então apoiadores, a mudar para outras candidaturas. Todas as alianças são movidas a dinheiro.


MAIOR BALELA


É A MAIOR balela se falar que, uma liderança política decidiu apoiar um candidato por ideologia, pelo Plano de Governo, pelo bem do estado ou município, a maioria esmagadora dos acordos envolve muita grana. E, isso não acontece só nesta eleição; mas, também, nas disputas antecedentes. Quem move a parceria é o financeiro.


DUAS VERTENTES


O JORGE VIANA (PT) joga com duas vertentes: ganhar o governo. E, perdendo e o Lula ganhando (as pesquisas apontam neste caminho), ele ser ministro. E sendo ministro, terá influência na liberação de verbas para o estado e municípios. O JV paz e amor tem prazo de validade: o resultado final da eleição. Aguardem!


PESQUISAS NA MESA


HOJE, tem a pesquisa do ac24horas para governador e senador; e na segunda-feira; pesquisa na TV-ACRE. Relembrando, sempre: pesquisa não ganha eleição.


UMA FRENTE FISIOLÓGICA


O PT está sentindo na pele o que é disputar o governo na oposição, depois de ficar 20 anos no poder. A FPA, que era uma aliança fisiológica montada em cargos, se dissolveu em sua quase maioria. O PT ficou centrado na boa imagem política do Jorge Viana. E, somente.


MOVIMENTOS MILIONÁRIOS


NESTA RETA final, os comentários que se escutam é de que estão acontecendo investimentos milionários na disputa do Senado. O sistema para o Senado, é bruto.


CENÁRIO DO PSD


DENTRO DO PSD, o cenário comentado entre os seus dirigentes, é do senador Sérgio Petecão (PSD) chegando no segundo turno. Para isso, o volume de campanha aumentou. Pouco mais de duas semanas nos separam de ouvir a voz das urnas.


SEM OUTRO CONTEXTO


NO PT, não existe outro contexto que não seja o do Jorge Viana, levar a decisão para o segundo turno, com uma boa votação. Aliás, a única discussão na oposição, na disputa do governo, é saber quem enfrentará o Gladson Cameli, se acontecer um segundo turno. Só isso.


TUDO PELO PRIMEIRO TURNO


JÁ NA CAMPANHA do governador Gladson Cameli, o clima é o de apertar o passo para vencer a eleição no primeiro turno. Não querem correr o risco de um turno extra, que em tese seria disputar uma nova eleição.


NÃO MUDOU NADA


NOVA pesquisa do DATA-FOLHA, e o Lula ((PT) continua liderando folgado a corrida presidencial. Bolsonaro não conseguiu reverter a desvantagem até o momento.


FRASE MARCANTE


“A carestia dá gosto à carne”.  Montaigne.


 


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