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36% do desmatamento na Amazônia nos últimos 12 meses ocorreu na divisa AMACRO

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O chamado “calendário do desmatamento” da Amazônia fechou com mais um recorde negativo de destruição. Nos últimos 12 meses, de agosto de 2021 a julho de 2022, foram derrubados 10.781 km² de floresta, o que equivale a sete vezes a cidade de São Paulo.


Essa foi a maior área devastada dos últimos 15 anos para o período, sendo 3% superior à registrada no calendário passado, entre agosto de 2020 e julho de 2021. Foi a segunda vez consecutiva em que o desmatamento passou dos 10 mil km² no período.

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Em julho de 2022, o SAD detectou 1.739 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal, uma redução de 17% em relação a julho de 2021, quando o desmatamento somou 2.095 quilômetros quadrados.


O desmatamento detectado em julho de 2022 ocorreu no Pará (34%), Amazonas (28%), Acre (15%), Rondônia (11%), Mato Grosso (10%) e Maranhão (2%).


As florestas degradadas na Amazônia Legal somaram 371 quilômetros quadrados em julho de 2022, o que representa um aumento de 1.059% em relação a julho de 2021, quando a degradação detectada foi de 32 quilômetros quadrados.


Em julho de 2022 a degradação foi detectada no Mato Grosso (56%), Pará (19%), Acre (14%), Amazonas (7%) e Rondônia (4%).


Os dados são do Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD) do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon).


Somadas, as áreas destruídas nos últimos dois calendários chegaram a 21.257 km², quase o tamanho de Sergipe. Também foi a quarta vez seguida em que a devastação atingiu o maior patamar desde 2008, quando o Imazon iniciou o monitoramento com o SAD.


Levando-se em conta o desmatamento ocorrido nos últimos 12 meses na Amazônia Legal, 36% do total ocorreu apenas na região conhecida como Amacro, onde se concentram 32 municípios na divisa entre Amazonas, Acre e Rondônia.


Nessa área, há um processo de expansão do agronegócio, que derrubou quase 4 mil km² de florestas entre agosto de 2021 e julho de 2022, segundo o SAD.


E, assim como na Amazônia, a destruição na Amacro também atingiu o maior patamar dos últimos 15 anos para o período. Só que, enquanto a devastação cresceu 3% na região amazônica, a alta foi de 29% na área de divisa entre o Amazonas, Acre e Rondônia.


Terra Brasilis


De acordo com a plataforma Terra Brasilis, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Acre 651,47 km² de avisos de desmatamento entre agosto de 2021 e julho de 2022. Os municípios com os maiores registros são: Feijó, com 123,29 km²; Rio Branco, com 121,21 km²; Sena Madureira, com 92,84 km², Porto Acre, com 54,76 km² e Manoel Urbano, com 50,28 km².


As áreas de proteção ambiental com maiores área de desmatamento são: Reserva Extrativista Chico Mendes – 33.94 Km²; Reserva Extrativista do Cazumbá-Iracema – 1.56 Km²; e Área de Relevante Interesse Ecológico Seringal Nova Esperança – 0.65 Km².


Com informações do Imazon e da plataforma Terra Brasilis.

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