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Pela primeira vez, MPAC contrata profissional com autismo

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 1% da população mundial tem Transtorno do Espectro Autista (TEA), uma condição de saúde que pode levar a alterações na atenção, linguagem e habilidades de socialização nos mais diversos níveis, que aliados ao preconceito e pouca informação sobre o assunto, impõem muitos desafios à pessoa com autismo, entre eles, o de ingressar no mercado de trabalho.


Reconhecendo a importância de promover a inclusão e a diversidade, e tendo colocado o autismo como uma pauta prioritária, o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) acaba de contratar a primeira profissional com TEA, a bacharel em direito e advogada Bruna Sampaio.

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Bruna participa da campanha “Lugar de autista é em todos os lugares – Discriminação é crime, inclusão é o caminho”, lançada pelo MPAC no mês de julho, com o objetivo de promover a conscientização e disseminar informações acerca dos direitos das pessoas com autismo.


No vídeo, a advogada fala sobre dificuldades que enfrentou no decorrer de sua vida, como a falta de assistência e, inclusive, o diagnóstico tardio. O vídeo chamou a atenção para a importância da inclusão e dar visibilidade ao assunto.


“É com grande satisfação que faço a contratação da Bruna Sampaio, que tive a oportunidade de conhecer como aluna na UFAC. A Bruna foi uma aluna excelente e dedicada. Recentemente ela participou de forma voluntária de uma campanha do MPAC sobre o autismo e sua fala é muito emocionante. Tenho a certeza que o ingresso da Bruna no time do MP vai contribuir em muito na temática do autismo e servirá para estimular uma política de inclusão”, disse o procurador-geral de Justiça Danilo Lovisaro do Nascimento.



Além da campanha, o MPAC instituiu este ano o Grupo de Trabalho na Defesa dos Direitos das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (GT-TEA), coordenado pela procuradora de Justiça Gilcely Evangelista, coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde, Pessoa Idosa e Pessoa com Deficiência, onde Bruna passou a trabalhar.


“As pessoas com autismo apresentam dificuldades em encontrar um emprego e obter uma posição que corresponda a seu treinamento e expectativas. Dessa forma, pontua-se que é imprescindível a inclusão social do autista em todas as fases da vida, pois somente a partir disso é possível adquirir o desenvolvimento de sua autonomia. Assim, o doutor Danilo Lovisaro foi extremamente sensível em contratar uma pessoa do espectro autista”, comentou a procuradora.


Ao criar o GT-TEA, que tem atuação em todo o estado, o MPAC levou em consideração a necessidade urgente de atuação integrada, direcionada, planejada e resolutiva na defesa dos direitos da pessoa com deficiência.


O grupo atua no acompanhamento, na fiscalização e na implementação de ações necessárias para a defesa e proteção dos direitos das pessoas com TEA, trabalhando em conjunto com serviços e ofertas das políticas públicas, organizações da sociedade civil, órgãos e funções essenciais à justiça e academia.


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