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Sepa reconhece queda na produção de mandioca no Acre

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A mandiocultura vive um momento difícil no Acre, reconhece a Secretaria de Produção e Agronegócio (Sepa), que aponta várias causas para o declínio da produção da raiz, base alimentar nas comunidades e produto relevante no PIB agropecuário do Estado.


Titular da Sepa, Edvan Maciel avalia que há um processo de migração da mandiocultura para outras atividades mais rentáveis -como o café, no Vale do Juruá -e que a pandemia do novo coronavírus impactou nas atividades como um todo, especialmente a mão-de-obra no campo.

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“Embora seus termos não estejam de todo imunes à consideração do momento político, o texto e os números apontados pelo ilustre professor Orlando Sabino em artigo publicado em 21/07 no site ac24horas traduzem uma realidade concreta – há uma evidente diminuição da produção de mandioca no Acre. Faltou dizer as causas e contextualizar o quadro geral. Vejamos o que dizem os dados do IBGE”, observa Edvan Maciel.


Em primeiro lugar, diz o secretário, importa considerar que assim como qualquer produto, a mandioca não está imune a variações do mercado que podem determinar, por exemplo, a substituição por outras culturas mais rentáveis, o que no caso aparece com o incremento, por exemplo, da cultura cafeeira na região do Juruá.


Em segundo, considere-se que em todos os processos produtivos há uma tendência natural de migração para atividades que exijam menos mão-de-obra, que sejam menos cansativas e, tanto quanto possível, mecanizadas, o que não é, por agora, o caso da mandioca.


Em terceiro, é preciso levar em conta o progressivo abandono das áreas rurais pelas populações mais jovens, o que determina escassez e baixa produtividade da mão-de-obra, pois aumenta sensivelmente a idade média dos agricultores.


Em quarto, é necessário lembrar, segundo ele, que a Covid-19 impactou fortemente a disponibilidade e produtividade da mão-de-obra no campo, o que seguramente fez diminuir a exploração das áreas com a mandiocultura.


Considera-se ainda que em uma economia de preços livres, o principal estímulo vem do mercado, de modo que é o equilíbrio entre oferta e procura que poderá sinalizar um aumento que justifique ao agricultor o retorno ou expansão da atividade.


“Considerando todo o exposto e a importância da pequena produção é que estamos para lançar o programa Mecanizar + que, via preparo da área, pretende subsidiar fortemente o agricultor, levando-o a considerar, sem imposição, a possibilidade de explorar a mandiocultura. Trata-se de, no limite de dois hectares, beneficiar pelo menos 2,5 mil pequenas propriedade rurais, o que poderá interromper a tendência de queda da produção de mandioca em todo o Estado”, conclui Maciel.


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