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Briga de facções e tráfico de drogas representam 32% dos assassinatos no Acre, diz Anuário do MPAC

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Apesar de estarem em queda, questões relacionadas ao tráfico de drogas e os conflitos entre organizações criminosas são 32% dos homicídios dolosos consumados ocorridos no Acre em 2021, segundo o Anuário de Indicadores de Violência no Acre, que traz dados do período de 2012 a 2021.


Lançada oficialmente neste sábado (16) a publicação foi produzida pelo Observatório de Análise Criminal, setor que integra o Núcleo de Apoio Técnico (NAT), órgão auxiliar do Ministério Público do Acre.

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As causas indeterminadas somam 30,2% dos HDCs em 2021. As bebedeiras chegam a 17,4% e o feminicídio aparece em 4º lugar no ranking das causas com 7,6%. Vingança, passional, legítima defesa, torpe e lichamento também tiveram registros.



O Anuário apresenta dados e informações sobre o comportamento da violência e da criminalidade no estado, a partir da exploração do conjunto de variáveis dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI), das mortes violentas intencionais (MVI), dos homicídios dolosos consumados (HDC), das mortes decorrentes de intervenções policiais (MDIP), dos roubos, do sistema prisional, da violência juvenil, da violência contra a mulher, da atuação do crime organizado, da fronteira e dos suicídios.


Iniciativa inédita no âmbito do Ministério Público, o trabalho consiste em coletar informações, tanto internamente quanto em bases de dados de outros órgãos públicos, dar tratamento às informações através de técnicas de filtração e cruzamento de dados, finalizando com análise e difusão do conjunto organizado de conhecimentos.


Foram utilizadas como fontes, as bases de dados do Observatório de Análise Criminal do MPAC, órgãos do Sistema Integrado de Segurança Pública, da Secretaria Estadual de Saúde, além das fontes informais de consulta.


O Acre reduziu drasticamente as mortes por intervenções policiais em serviço e fora de serviço mas nem sempre foi assim, pois o acirramento das brigas entre facções também elevou os embates com a polícia no Acre.


“A partir de 2015, momento em que explodiu a guerra entre as facções – ou organizações criminsosas – no Acre, houve um empoderamento por parte dos faccionados em enfrentar com extrema audácia as forças policiais. Devido a este fato, é natural que haja mudança no formato das intervenções policiais, principalmente no que tange ao uso legal, necessário, e proporcional da força para garantir a segurança imediata de si ou de terceiros. Na prática, o aumento da necessidade policial em fazer uso de arma de fogo, durante ocorrências, explica, de forma geral, o crescimento significativo das mortes decorrentes de intervenções de 2018 a 2020”, diz o Anuário.


“No entanto, com o esfriamento dos conflitos entre os faccionados e a consequente redução de acionamentos policiais, o ano de 2021, apresentou expressiva redução de 59% nas mortes por intervenção policial”, completa o Anuário.


Não há números consolidados de quantas pessoas morreram nos conflitos entre facções no Acre mas 3.072 foram presas nas diversas operações realizadas pela polícia e MP entre 2013 e 2021.


Segundo o Anuário, são organizações criminosas atuantes no Estado do Acre o Comando Vermelho, Primeiro Comando da Capital, Bonde dos 13 e Irmandade Força Ativa Responsabilidade Acreana (Ifara).

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