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Ex-reitor denuncia irregularidades na Academia Acreana de Letras

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Realizada no último dia 30 de junho, a última eleição da Academia Acreana de Letras (AAL), por meio da qual foram admitidos 10 novos imortais, foi alvo de duras críticas, nesta segunda-feira (4), por meio de uma “Carta Aberta” tornada pública pelo ex-reitor da Universidade Federal do Acre (UFAC), o paleontólogo Jonas Pereira de Souza Filho, que teve a sua candidatura ao certame indeferida pela Comissão Eleitoral.


O professor Jonas Filho alega que ao tomar conhecimento, no dia 20 de junho, de que sua candidatura não havia sido homologada por descumprir o edital das eleições, solicitou, no dia seguinte, informação da Comissão Eleitoral sobre em que ponto havia ferido as normas do processo. A resposta, segundo ele, veio sete dias depois, com fundamentações com as quais afirma discordar frontalmente.

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Jonas Filho diz que no dia 28 de junho, às 07h41min, entrou com pedido de reconsideração da decisão, com base em argumentações apresentadas em um breve texto. “Às 11h50min, do mesmo dia, obtive a informação de que o pedido já se encontrava de posse da Comissão Eleitoral. Até hoje, 4 de julho de 2022, porém, nenhuma resposta me foi ainda apresentada, tendo as eleições acontecido no dia preestabelecido”, ele explica na carta.


“O que me resta, então, é lamentar. Lamentar não as minhas perdas e danos, mas o descaso e o desrespeito tão aviltantes. Nem sequer fui merecedor de uma resposta sobre o meu pedido de reconsideração. Lamento profundamente que a Academia Acreana de Letras esteja sendo gerida a mãos de ferro, compadrio e pensamentos retrógrados”, afirma.


Além de argumentar que lhe foram negados direitos fundamentais com danos irreparáveis, por negligência da Comissão Eleitoral, ele questionou se o fato se deu por “prevaricação, desleixo, descaso ou por rixas políticas levadas da UFAC para dentro da AAL”, e ainda acusou o processo eleitoral de uma série de irregularidades cometidas tanto pela comissão quanto pela presidência da Academia.


Entre as acusações, ele cita a cobrança da taxa de R$ 250 depositados em uma conta de pessoa física e que o Edital exigia “carta de recomendação por membro da própria Comissão Eleitoral, ou seja: quem recomenda é o mesmo que avalia”, o que, para ele, configura evidente flagrante de parcialidade; e que a presidente da AAL foi parcial ao divulgar imagens de candidatos específicos em sua rede social sem observância da isonomia.


Ao ac24horas o presidente da comissão que conduziu o processo eleitoral da Academia, o escritor e jornalista Enilson Amorim, afirmou que a não homologação da candidatura de Jonas Filho ocorreu por ele não ter anexado à documentação exigida para a inscrição nenhuma produção literária (livros físicos) e que não houve tempo para que ele sanasse essa pendência por ter efetuado a inscrição no último dia do prazo.


Questionado sobre o pedido de reconsideração da decisão, que não foi respondido, segundo as alegações de Jonas Lima, Enílson explicou que o papel da Comissão Eleitoral com relação a esse ponto terminou ao responder ao candidato, por meio de carta enviada a ele, datada de 23 de junho de 2022, comunicando do item em que o Edital não foi cumprido e explicando o motivo de a inscrição não ter sido homologada.


A reportagem também conversou com a presidente da Academia Acreana de Letras, Luísa Galvão, que mesmo estando em Portugal respondeu aos questionamentos que lhe foram feitos. Ela ratificou as explicações que foram dadas por Enilson Amorim e disse que, inconformado com a não homologação de sua candidatura, Jonas Lima tenta jogar pedras em uma instituição de 85 anos, da qual queria participar.


“O Dr. Jonas quer holofotes. Deixou de entregar a produção intelectual dele, como pedia o Edital. A AAL se conduz com zelo, respeito e responsabilidade. A eleição foi conduzida com toda lisura. Lamentavelmente o Dr. Jonas não aceita a não homologação de sua candidatura como lhe foi explicado por carta. Reconhecemos ser grande pesquisador. Todavia não cumpriu o Edital como os outros candidatos. Agora vem jogar pedras numa instituição de 85 anos que queria fazer parte. É lamentável. A AAL sempre foi imparcial. Temos os documentos que entregou como prova da ausência de sua produção. Estou na Europa, mas a Comissão foi muito ética e agiu em conformidade com o Edital”, disse.


Perguntada sobre a afirmação de Jonas Lima de que a taxa de inscrição dos candidatos foi depositada em conta de pessoa física, Luísa Galvão disse que a AAL não tem conta bancária por falhas na gestão anterior, mas que há um tesoureiro e que o problema está sendo resolvido em cartório. Quanto aos demais pontos, ela ressaltou que a Comissão Eleitoral agiu com ética e em conformidade com o Edital.


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