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Drogado furta latinhas e deixa catadora sem o almoço de domingo

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“É uma pena que ainda exista esse tipo de gente. Ele sabe o mal que me fez, pois a exemplo de mim, vive de revirar o lixo. Por causa de sua ação maléfica eu e meus filhos corremos o risco de não almoçarmos no domingo. Estou aqui no arraial fazendo uma limpeza geral na tentativa de conseguir alguns trocados e solucionar parte do meu problema. O mais triste é que ele furtou para comprar drogas”.


O desabafo é da catadora Maria das Graças Rodrigues Monteiro, de 47 anos, muito conhecida nos conjuntos Rui Lino, Tucumã e região, ao denunciar um dependente químico, que também é catador de lixo, que furtou todas as latinhas que ela tinha catado das 6h às 18h de sábado, e que com a venda iria garantir o almoço do domingo.

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Ela contou que havia passado o dia trabalhando, parando apenas para o almoço oferecido por um dos moradores. Como há anos ela tem um compromisso com os organizadores do Arraial do Tucumã, de limpar e arrumar as mesas e deixar tudo limpo no final do evento, foi para o local que fica no parque onde iniciou os trabalhos. Deixou seu carrinho com garrafas pets e latinhas à distância, já que logo iria para casa tomar banho, trocar de roupas e voltar.


Para a surpresa da trabalhadora, quando arrumou terminou o trabalho no arraial e retornou, descobriu que todas as latinhas catadas com sacrifício haviam sido furtadas. Testemunhas viram quando outro catador, que é deficiente, tinha pegado os dois sacos e saído rumo ao bairro mocinha Magalhães.


“Hoje tinha sido um dia muito bom, já que de uma vez só ganhei mais de 300 latinhas de uma família que sempre me ajuda, e já tinha catado no geral por mais de 10 quilos. Com o dinheiro da venda garantiria meu almoço de domingo. Apesar do mal que ele me fez, já o perdoei”, comentou.


Maria das Graças ganha a vida como catadora de recicláveis. Mãe de três filhos, sendo dois menores, disse ser um trabalho duro, que começa às 6h da manhã, e por vezes só termina às 22hs. Empurrando seu carrinho todos os dias, de domingo a domingo vasculha o lixo que fica nas lixeiras das casas dos conjuntos Tucumã, Rui Lino, Joafra e região.


“Por vezes chego em casa me arrastando. O cansaço é tanto que me sento no sofá para descansar e ali mesmo adormeço”, relata.


Ela disse que o dinheiro ganho com a venda do que é catado não é muito, no entanto, ajuda, e muito, no sustento da família. Segundo ela, o quilo da latinha está custando R$ 5,75 e o da garrafa pet é vendido R$ 1,00. No final, Maria das Graças fez um apelo.


“Eu não gosto de pedir nada a ninguém, pois tenho saúde e posso trabalhar para o meu sustento, graças a Deus. Hoje minha situação é crítica e se alguém quisesse me ajudar seria muito grata”, concluiu.


Se alguém quiser oferecer alguma ajuda a dona Maria das Graças, o telefone de contato dela é 9.9923-8819.


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