O presidente Jair Bolsonaro (PL) garantiu nesta segunda-feira (6) que o ministro da Economia, Paulo Guedes, ficará em seu governo no caso de reeleição, mas admitiu haver pressão pela troca do chefe da pasta.
“Com toda certeza, sim. Depende dele. Eu vejo ele às vezes cansado, o que é natural. É um ministro que no passado era muito trocado na Economia”, disse o presidente em entrevista ao canal Terraviva, do Grupo Bandeirantes.
“De vez em quando, alguns querem que eu troque ele para resolver certos assuntos. Eu prefiro conversar com ele e dentro daquela lealdade mútua que temos, mudar algumas coisas e prosseguir nessa linha.”
Ao mesmo tempo, Bolsonaro pôs na conta do ministro da Economia uma solução para a questão da alta dos combustíveis. Guedes vem sendo apontado pela ala política do governo, preocupada com a reeleição, como o principal responsável hoje por não ter se conseguido implementar uma medida que evitasse a alta.
Preocupado com o teto de gastos, Guedes é contra a implementação de um fundo que subsidie o preço dos combustíveis.
“Espero que o Paulo Guedes resolva nos próximos dias a questão dos combustíveis no tocante a impostos pelo Brasil. Ele já se mostrou favorável a isso, tem trabalhado para isso e espero que nos próximos dias, nessa semana mesmo, tenhamos uma boa notícia sobre preço dos combustíveis no Brasil”, disse Bolsonaro.
Durante a entrevista, Bolsonaro prometeu ainda a criação de novos ministérios no caso de ser reeleito em outubro. Segundo ele, está sendo analisada a criação novamente do Ministério da Segurança Pública, em uma divisão do Ministério da Justiça, e o Ministério da Indústria e Comércio.
Esse segundo, incorporado à Economia a pedido de Guedes, é uma cobrança do centrão, que quer voltar a ocupar a pasta.
Bolsonaro disse ainda que analisa também a recriação do Ministério da Pesca, que existia durante o mandato de Dilma Rousseff.
O presidente argumentou que, dada a extensão territorial do Brasil, a criação de mais ministérios ajudaria a melhor administrar o país. Ele afirmou, ao mesmo tempo que, por se tratar de um ano eleitoral e pelo fato da recriação das pastas exigir a criação de novos cargos, não seria possível fazer isto ainda neste mandato, apenas em caso de reeleição.
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