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Bocalom diz que Mailza terá comando do PP, será candidata ao Senado e que tem dúvidas se Gladson irá disputar reeleição

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Vestido de azul, o prefeito Tião Bocalom (Progressistas) foi o entrevistado do Boa Conversa, exibido pelo ac24horas na noite desta sexta-feira, 20, e abordou diversos assuntos, entre eles, a disputa política, garantido com veemência a candidatura ao Senado da República da atual senadora Mailza Gomes, além de deixar em xeque a candidatura a reeleição do governador Gladson Cameli.


Na opinião do chefe do executivo municipal, em meio ao cenário político, Gladson poderá não concorrer ao pleito eleitoral deste ano. “Eu ainda tenho dúvidas se o Gladson será candidato. Eu acompanhei o Orleir Cameli”, declarou, dizendo que Cameli expôs a possibilidade de desistência em uma reunião reservada com membros da executiva nacional do partido, em Brasília.

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“No dia da reunião, que foi grande para discutir essa questão da candidatura da Mailza, ele [Gladson] falou que o grupo poderia ir onde quiser, pois não sabia se seria candidato”, lembrou.


Acerca da polêmica declaração de Gladson ao ac24horas, afirmando que a senadora Mailza Gomes não será a candidata majoritária do Palácio Rio Branco, incumbido, inclusive, a escolha do nome ao senador Márcio Bittar, Bocalon fez questão de rebater o governador e afirmou que a presidente do partido no Acre será a candidata da sigla ao cargo, mesmo contra a vontade de Cameli. “74% da população que seus prefeitos querem apoiar ela. Inclusive, estava lá o presidente [Ciro Nogueira] Nós não abrimos mão da candidatura e ele respondeu, também não”, ressaltou.


O gestor disse ainda que a fala de Gladson não condiz com a vontade do presidente do partido, ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira e dos cinco prefeitos eleitos pelo Progressistas em 2020. “Ela teve uma reunião com o governador, e por tantas piadas a respeito dela, querem tirar ela do páreo. Fico triste em ver o governador falar um negócio desse. Tenho certeza que não é isso que ocorre em Brasília. E não é isso que os prefeitos querem em relação a candidatura da Mailza. Como teve aquele comportamento dele em 2020, pode-se esperar tudo. A candidatura dela é irreversível”, sacramentou.


Em relação a possibilidade de Mailza recuar e disputar uma vaga para a Câmara Federal, Bocalom rechaçou alegando que o partido não montou uma boa chapa para a disputa deste ano. “Tenho certeza que não vai haver intervenção. Ela pensou que poderia até dar um passo atrás, mas o governador garantiu que montaria uma boa chapa. Não se montou uma chapa boa, ela é mediana para baixo”, destacou.


Sem papas na língua, o Velho Boca não acredita que haverá uma intervenção nacional na direção do Progressistas. “Falta combinar com os russos. Em 2020, ele tinha um candidato do PP e apoiou outro partido. Acredito que o presidente não vai fazer intervenção. O partido nunca teve o tamanho que estava hoje. Se temos 5 prefeitos hoje, foi ela que fez. Por ele [Gladson], não teria, ele apoiou Socorro Neri e outro do PT em Mâncio Lima”, relembrou, mostrando “mágoa” com a falta de apoio do Palácio à sua candidatura na eleição passada.


Em determinado momento da entrevista, Bocalom defendeu a economia de recursos públicos da sua gestão tão criticada pelo vereador Emerson Jarude (MDB). “Não é economia burra não, ele [Emerson Jarude] não tem noção de como se gerencia uma empresa. Estamos fazendo a coisa direita. Só de retroativo, gastamos mais de R$ 32 milhões, aos servidores e eles estão felizes”, comentou.


Distribuição de cargos

Bocalom confirmou que vem distribuindo cargos comissionados para os parlamentares da sua base governista na Câmara Municipal de Rio Branco, para ele, é normal. “Não influenciamos na eleição da Câmara, demorou um ano para montar base. Contra a força do trabalho, esquece. Evidentemente, se temos apoio, é óbvio que damos cargos, se pedem uma vaga e tem, a gente arruma Na tentativa de impeachment, foi quando se montou a base”, opinou.


Houve repasse para a Rico Transporte

Além disso, o chefe do executivo da capital contou que a prefeitura repassou R$ 750 mil para a empresa Rico Transporte operar na cidade. “A prefeitura pagou para trazer os ônibus da Rico. Eles receberam para poder vir trabalhar aqui. Eles disseram que se a gente pagasse os custos para vir trabalhar aqui eles viriam. De seis empresas, eles foram os únicos. Agora, estamos preparando duas licitações para mais duas empresas. Nos próximos 15 dias deve sair”, argumentou.


Criação de novos cargos

O ex-prefeito de Acrelândia adiantou ainda que deverá propor a criação de mais cargos em comissão em breve. O gestor alegou falta de mão de obra para executar os serviços na cidade. “A prefeitura sempre foi um puxadinho do governo. Estamos montando uma grande equipe para regularização fundiária. Para prestar contas, tivemos que aumentar. Estamos consertando, criando os cargos. O número de cargos da prefeitura é de mais de 500. Manda levantar quantos tem em Senador Guiomard, Acrelândia e Cruzeiro do Sul? Não tenho medo, vamos aumentar porque a prefeitura está precisando”, desabafou.


No final da entrevista, Bocalom ainda fez um alerta ao desafeto, governador Gladson Cameli. Para ele, o gestor do Estado será derrotado. “Não tenho dúvidas, Petecão tem tudo para ganhar esse governo. A turma que mais me bate é a do Gladson, batendo no Bocalom, atingindo o Petecão. Eu sei onde nós vamos chegar, e quando vamos chegar”, cutucou.

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Veja a entrevista:

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