O julgamento do caso Jonhliane, que ocorre na 2ª Vara do Tribunal do Júri, localizada na Cidade da Justiça, em Rio Branco, foi retomado na tarde desta quarta-feira, 18, com o depoimento da defesa de Alan Araújo, acusado de participar de um “racha” com Ícaro Pinto e terem atropelado Jonhliane Paiva em agosto de 2020.
Kátia Sales, advogada de defesa do réu, disse que Alan, na sua boa fé, acabou entrando nos autos do processo por voltar e ajudar a vítima no dia do acidente fatal. “Ele tentou ajudar e acabou empurrado para este processo. A chama da boa intenção fez ele agir com licitude e ilicitude, pois também fez manobras perigosas para tentar ajudar. Alan têm uma concepção familiar, com valores”, explicou.
Sales disse ainda que em relação às ameaças de morte e abusos sofridos na prisão, não será reparado. “Nada do que ele passou será reparado. Isso não quer dizer que o luto da mãe de Jonhliane não deva ser respeitado, mas um inocente não pode ser condenado”, ressaltou.
Já a advogada Helane Cristina relembrou que das 9 testemunhas ouvidas, somente uma manteve o seu depoimento contra o réu. “A única afirmação de racha foi relatada por um agente de trânsito. Em compensação, um de seus colegas de trabalho também era testemunha ocular e declarou que não poderia afirmar que houve a corrida ilegal dos carros”, argumentou.
Ao fim da apresentação de defesa, Cristina defendeu seu cliente dizendo que ele será inocentado. “Tentam destruir a vida das pessoas sem sequer conhecer aqui. Do jeito que ele foi acusado, ele vai ser honrado”, encerrou.