O prefeito Tião Bocalom (Progressistas) declarou nesta sexta-feira, 13, em solenidade na sede da prefeitura de Rio Branco que não deverá realizar obras de pavimentação nas 605 ruas do Programa Ruas do Povo que estão judicializadas por conta de uma série de irregularidades ocorridas nas gestões anteriores.
De acordo com o chefe do executivo municipal, a responsabilidade em solucionar a má qualidade dos serviços prestados à população é do governo do Estado, no caso, do governador Gladson Cameli. “O Ruas do Povo é responsabilidade do governo. Foram gastos mais de R$ 400 milhões, sendo R$ 200 somente na capital. Como a prefeitura vai resolver esse problema? A rua não é responsabilidade da prefeitura é do governo. Não é justo. A prefeitura não vai entrar nessa. Quem tem que resolver é o governo”, declarou.
Bocalom fez questão de adiantar que deverá junto a Procuradoria Geral do Município (PGM) acionar a justiça para que os responsáveis executem as obras. “O que não pode é a população pagar o prejuízo. Os responsáveis pela obra admitiram que pagaram por 97% das obras e na sua grande maioria está deteriorada. Eles não conseguiram nem prestar contas. Quem pegou e gastou esse dinheiro foi o governo do Estado e não a prefeitura”, comentou.
O prefeito deixou claro que se a prefeitura fosse pavimentar as Ruas do Povo deveria gastar mais de R$ 300 milhões. “A prefeitura não pode assumir um negócio desse”, garantiu.
Ao fim da sua justificativa, Bocalom afirmou que teme ser alvo de processo da justiça o que poderia acarretar em impeachment. “Estou preocupado em não virar réu”, encerrou.