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Bocalom barra licitação de R$ 10 milhões e ex-assessora o acusa de praticar assédio moral

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Lizandra Nascimento de Araújo, então assessora de licitação da Empresa Municipal de Urbanização – EMURB, resolveu entregar o cargo na última sexta-feira, 29, após alegar ter sofrido desrespeito e assédio moral por parte do prefeito de Rio Branco, Tião Bocalom, Progressistas, e o diretor presidente da Emurb, Assis Benvindo.


De acordo com o teor da carta, que chegou a reportagem do ac24horas, Lizandra destacou que entrou no órgão em abril de 2021 e desde então vem passando por situações vexatórias e constrangedoras. “Desejo, antes de mais nada, expressar que a principal motivação para a saída são as constantes acusações, desvirtuamento de contextos, acusações verbais de forma agressiva e corriqueira. Constantes atitudes em diminuir e desacreditar o meu trabalho e postura profissional, postura essa, exercida com ética e dedicação, moral e conhecimento”, e continuou.

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“Em diversas oportunidades fui exposta a situações vexatórias e constrangedoras por simplesmente realizar meu trabalho, que diante de avaliações desapropriadas e descabidas de conhecimentos técnicos, praticados por pessoas alheias à empresa, com aval da direção dessa empresa, interfere e julga condições tratadas em lei, com alegações que minha prática não é cabível. Sendo notório que o julgamento e apontamento realizado são feitos sem nenhum juízo ou conhecimento legalista”, desabafou.


A ex-servidora reiterou ser uma profissional dedicada e conhecedora de suas atribuições e competências. Segundo ela, a gestão não entende de gestão pública e trata com ignorância os servidores. “Diante das diversas situações às quais sou extremamente compelida e impedida de pôr em prática meus conhecimentos técnicos, balizados por uma gestão que não busca compreensão de gestão pública, ou como funciona um sistema de registro de preço e simplesmente de forma ignorante e totalmente desprovida de técnica e responsabilidade, desvaloriza, crítica, falseia e julga não apenas meu trabalho, mas também minha figura pessoal”.


Entretanto, a denunciante enfatizou que o estopim para pedir o afastamento do cargo, foi em razão de, na última sexta-feira, o prefeito Tião Bocalom e o gestor da Emurb terem passado dos limites chegando a se dirigir com ‘gritos’. “Afirmo que as circunstâncias que me levaram a tomar tal decisão foram as diversas situações de extremo desequilíbrio emocional, assédio moral, o qual venho sofrendo nos últimos meses, chegando ao ponto de o prefeito de Rio Branco, o Sr. Tião Bocalom, juntamente com o diretor presidente da EMURB, via telefone me tratar de forma desrespeitosa e aos gritos, chamando de ridícula, incompetente e questionar a minha capacidade de permanência como assessora de licitações, tudo com o aval do diretor Presidente da EMURB, o fato ocorrido na data de hoje, atingiu o limite suportável, inviabilizando exercer minha função dentro desta empresa. Não há diálogo, não há respeito”, comentou.


Resposta da prefeitura

O diretor de comunicação da prefeitura, Ailton Oliveira, afirmou ao ac24horas que a situação relatada pela denunciante não é verdadeira e que Lizandra usa de má fé contra o prefeito da capital, Tião Bocalom. “Essa Lisandra mandou uma licitação de R$ 10 milhões para exames admissionais e demais situações. O representante da licitação da prefeitura achou alto e analisou como ilegal”, ressaltou.


Oliveira contou ainda que além de não ter havido crime de assédio contra a servidora, ainda barrou a licitação milionária. “O prefeito descartou e a mulher foi defender e o prefeito disse que não está certa. Ele trabalha com economicidade. O Tião barrou a licitação e a moça quer queimar o prefeito”, explicou.


Quem também procurou a reportagem para explicar a situação e os motivos da decisão de barrar a licitação, foi Erick Oliveira, secretário adjunto de licitações. Segundo ele, a licitação feita pela profissional não estava correta. “A gente faz uma análise criteriosa de acordo com as normas do prefeito Bocalom. Eu fiz e vi que tinha uma série de situações que não estavam normais. Eu chamei uma pessoa que julgou errado a licitação”, argumentou.


Erick encerrou dizendo que esteve presente no momento da ligação entre o prefeito Tião Bocalom e a ex-assessora da Emurb e garantiu que o gestor não cometeu crime. “Não houve assédio e eu assino embaixo”, concluiu.


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