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Operação Héstia: MP denuncia 15 por lavagem de dinheiro e associação criminosa

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Em dezembro do ano passado, as forças de segurança do Acre realizaram a Operação Héstia, cujo objetivo era desarticular uma organização criminosa sediada no estado com ramificações no Rio Grande do Norte e Rio de Janeiro.


Naquela oportunidade, foram efetuadas várias prisões de envolvidos e apreensões de valores. O grupo usava pessoas de baixa renda como laranjas para esconder o verdadeiro patrimônio ganho com o dinheiro do tráfico de drogas.


Quatro meses depois, 15 pessoas foram denunciadas à justiça pelo Ministério Público e agora serão réus no processo.

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De acordo com as investigações feitas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e Polícia Civil, o grupo era liderado por um empresário de Rio Branco e um traficante do Rio de Janeiro. A organização atuava principalmente na lavagem de dinheiro e usando pessoas de baixa renda como laranjas.



Para ter-se uma ideia, uma mulher que tinha trabalhado pela última vez em 1998, e que durante todo esse tempo não tinha uma única renda, aparecia como dona de uma mansão em um bairro de elite na capital. Na casa dela, os policiais encontraram um recibo de compra e venda de R$ 850 mil. Mais tarde, foi comprovado que a casa custou na realidade a bagatela de R$ 1,7 milhão.


Outro caso foi o de um humilde trabalhador, funcionário de um supermercado onde ganhava R$ 1.045,00 e que morava em um prédio de luxo localizado à rua Juvenal Mário, no Centro de João Pessoa, no estado da Paraíba, cujo aluguel era de R$ 1.500,00. Esse cidadão, inclusive, tinha sido preso há pouco tempo com oito quilos de cocaína.


No dia 1º de dezembro de 2021, as forças de segurança em atuação conjunta deflagraram a Operação Héstia, culminando com a prisão de quase todos os membros e a apreensão de grande parte do patrimônio conseguido com a lavagem de dinheiro do tráfico de drogas.



Dentre os presos denunciados pelo MP, e que agora são réus, está um cliente do conceituado advogado Jair de Medeiros, que aparece como proprietário de uma grande fazenda com centenas de cabeças de gado.


“Eu não o considero acusado de lavagem de dinheiro, no máximo foi usado como laranja, pelo menos é o que diz o inquérito. Estou tentando colocá-lo em liberdade”, comentou o advogado.


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