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Dólar fecha em queda e vai aos R$ 4,91 em dia de ata do Copom

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Com informações do Estadão

O dólar comercial encerrou novamente em queda, pelo segundo dia consecutivo abaixo dos R$ 4,95, em uma sessão na qual os investidores locais tiveram como foco a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, o Copom, divulgada pela manhã. A moeda fechou em queda de 0,60%, sendo negociada a R$ 4,9142, no menor nível desde 24 de junho de 2021. Na mínima intradiária, chegou a R$ 4,9051 (-0,75%).


No início da tarde, o dólar chegou a apagar a queda, ficando levemente positivo, acompanhando a reversão de ativos estrangeiros, como o petróleo. Entretanto, o movimento não foi suficiente para impedir que a moeda continuasse testando níveis próximos dos R$ 4,90.


Por volta das 17h30, o dólar índice, DXY, recuava 0,05%, a 98,45 pontos. Na comparação com outras divisas emergentes de destaque no mercado, no mesmo horário, o dólar caía 0,55% contra o peso mexicano, recuava 0,61% ante o rand sul-africano e perdia 0,56% em relação ao rublo russo.


“Ainda estamos com viés de queda muito alto”, disse Mário Battistel, gerente de câmbio da Fair Corretora, dado a tendência de alta do preço de commodities no mercado internacional. “Há muita entrada de recurso, com muito investidor estrangeiro deixando de aplicar [dinheiro] em empresas lá fora para aplicar em companhias nacionais ligadas a commodities”, comentou.


Em relatório sobre a situação da América Latina no contexto da guerra na Ucrânia, o Bank of America disse que considera o Brasil seu mercado favorito na região. “O Brasil se beneficia de uma confluência de fatores: quase nenhuma exposição direta à Rússia em termos de troca, altos preços de commodities impulsionando termos de troca positivos, Selic (taxas locais) perto do pico e exposição substancial a commodities (44% do mercado de ações)”, aponta o documento.


Já comentando sobre a ata do Copom, o BofA vê a Selic chegando a 13,25% em junho deste ano. “Dada a resiliência da alta inflação de curto prazo e nossa projeção acima da meta média para a inflação de 2023 (4%), ainda esperamos que o BC suba [a Selic] mais duas vezes. Em maio, deve subir mais 100bps, seguido de uma alta final de 50bps em junho, levando a Selic para 13,25%”, diz o documento, que projeta a Selic em 10,5% em 2023.


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Com informações do Estadão

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