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“Eu sou uma terceira via”, diz David Hall sobre as eleições 2022

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Durante o programa Boa Conversa, transmitido pelo ac24horas na noite desta sexta-feira, 4, o professor e pré-candidato ao governo, David Hall (Cidadania), declarou que sua candidatura depende de uma decisão a nível nacional, que será decidida no próximo dia 15 de fevereiro.


Isso porque existe uma discussão no cenário nacional de uma possível federação entre PSDB e Cidadania. Inclusive, na última semana, a Executiva Nacional do PSDB aprovou por unanimidade dar prosseguimento às discussões sobre a formação da federação partidária com o Cidadania.

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Sobre o assunto, Hall acredita que sua candidatura será mantida, haja vista que, outros 16 partidos são contrários à federalização partidária. “Queremos um desfecho até o dia 15. Existe possibilidade de  não fechar com nenhum partido, assim como PDT e Podemos . Nós aqui do Acre e de outros 16 estados somos contra a federalização. Quem decide é a executiva nacional, eles quem devem tomar essa decisão. Estamos nos articulando para barrar essa federalização. Nossa candidatura está garantida, eu sou uma terceira via. Esse espaço está aberto para discussões”, explicou.


O ainda pré-candidato ao governo afirmou que, caso sua candidatura precise ser retirada, não deverá se aliar com os atuais postulantes ao Palácio Rio Branco e não poupou críticas ao PT e ao governo de Gladson Cameli, do Progressistas. “Eu não tenho a menor pretensão de ser melhor que ninguém, querer ser o salvador da pátria, não acho que tenho todas as respostas, muito pelo contrário, tenho muito que aprender. Não faria sentido eu tá aqui, quatro anos depois e querer me juntar com essa galera que tá aí. Eles perderam a capacidade de se renovar, de se reavaliar. O PT continua arrogante, prepotente, achando que eles sabem de tudo. Eles não tiveram a capacidade de calçar as sandálias da humildade. Eles não assumem seus erros, continuam com a narrativa que Lula é inocente. Mensalão não foi ficção, Petrolão não foi armação. Se eles não têm capacidade de se reconstruir, então não faz sentido ter diálogos com eles”.


Para Hall, Gladson teve oportunidade de fazer o que ele não fez. “Muitas promessas, poucas cumpridas. Com a pandemia a gente releva muita coisa, mesmo assim os escândalos de corrupção estão aí em andamento, não podemos acusar ninguém” desabafou.


Hall destacou que, caso haja acordo, e o Cidadania entre na fusão, a tendência é que ele passe a apoiar para a presidência da República, Ciro Gomes do PDT, ou o ex-juiz Sérgio Moro, do Podemos. “Estou avaliando, sou terceira via e queremos acabar com essa poralização do Bolsonaro e Lula  e sou tendente ao Ciro Gomes e ao Sérgio Moro. Espero que o Moro amadureça e o Ciro controle sua língua. É cedo para consolidar pesquisa, é cedo para dizer que um ou outro vai ganhar. Ele [Bolsonaro] pode cair e no lugar dele, nas pesquisas, pode entrar Moro ou Ciro”, comentou.


O professor de filosofia não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro, ao qual ele considera um negacionista, muito pela atuação na pandemia da Covid-19. “A minha diferença para o Bolsonaro é extrema, ele era centrão, fez parte dos partidos. A sua vida  era diferente do que ele pregou. O brasileiro sempre teve necessidade de seguir um líder. Bolsonaro e Lula não são diferentes. É um processo que não depende só de nós. Não podemos ter um negacionista na frente da presidência da República”, ressaltou, enumerando suas qualidades para ganhar o pleito eleitoral. “Meu diferencial é minha energia que advém da idade em meio aos dinossauros da política. Sou entusiasmado para estar no lugar que estou. É preciso ter ousadia. A gente fala de mudança de quatro em quatro anos, mais só muda os personagens”, disse.


Caso venha a ser eleito nas eleições, Hall já pensa em alguns nomes para o comando da Casa Civil. “Estou me cercando de bons nomes, Orlando Sabino, Alex Barros, Dimas, nomes bons.


Por fim, David se posicionou contra a reeleição e frisou que não haverá problemas em dialogar com os partidos, deputados estaduais e federais sobre composição do governo e até distribuição de cargos comissionados em sua eventual gestão. Entretanto, ele alega que não aceitará nomes sem capacidade técnica. “A reeleição não é ruim, o que se faz para se reeleger é ruim. A pressão vem. Não é pecado negociar. Existem valores que são inegociáveis. Dentro do que é legal, nós negociamos, o que não for, levaremos ao conhecimento da população. O problema não é indicar pessoas, a grande questão é não colocar pessoas que não deveriam estar ali. Não se valoriza os servidores públicos. Quem assume são indicações políticas, que não tem habilidade para desenvolver, isso é ruim para a máquina pública”, encerrou.


Veja o vídeo:

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