Menu

Acre está ameaçado após aumento do desmate, diz estudo do IPAM

Receba notícias do Acre gratuitamente no WhatsApp do ac24horas.​

A derrubada de florestas na Amazônia alcançou um novo e alarmante patamar nos últimos três anos. O desmatamento no bioma foi 56,6% maior entre agosto de 2018 e julho de 2021 que no mesmo período de 2015 a 2018.


É o que mostra a nota técnica “Amazônia em Chamas: o novo e alarmante patamar do desmatamento na Amazônia”, divulgado nesta sexta-feira pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (IPAM) na quarta-feira, 2/2. O avanço ficou evidente ainda no segundo semestre de 2018, como consequência das eleições presidenciais daquele ano, e pesquisadoras avaliam que o efeito tende a se repetir em 2022.

Publicidade

De acordo com o texto, mais da metade (51%) do desmatamento do último triênio ocorreu em terras públicas, principalmente (83%) em áreas de domínio federal. Em termos absolutos, Florestas Públicas Não Destinadas foram as mais atingidas: tiveram alta de 85% na área desmatada, passando de 1.743 km² derrubados anualmente para mais de 3.228 km². No último ano, essa categoria de floresta pública concentrou um terço de todo o desmatamento no bioma.


Uma das regiões mais afetadas citadas no estudo é a divisa Amacro, entre Amazonas, Acre e Rondônia, caracterizada como a nova fronteira do desmatamento no bioma. Amazonas, inclusive, passou da terceira para a segunda posição como Estado que mais desmatou a Amazônia. Está atrás apenas do Pará, Estado onde se encontram as áreas mais críticas de perda de floresta, e que se mantém em primeiro lugar desde 2017.



Para avaliar o desmatamento na Amazônia nos últimos seis anos é importante entender como o desmatamento tem se comportado nos Estados que fazem parte do bioma. “De acordo com os dados de desmatamento bruto fornecidos pelo Inpe, no triênio 2019-2021, Pará concentrou 43% do desmatamento no bioma, seguido por Amazonas (18%), Mato Grosso (16%) e Rondônia (13%). Estados como Acre (7%), Roraima (2%), Maranhão (1%), Amapá (0,03%) e Tocantins (0,03%) representaram juntos 11% do desmatamento no bioma. Desses, Acre é o que mais perdeu área de floresta em termos proporcionais ao território, e, ao lado de Roraima, teve os aumentos mais significativos em área média anual desmatada entre os triênios analisados”, diz o estudo.


Ao evidenciar a distribuição geográfica de regiões com altos índices de desmatamento no Brasil, as pesquisadoras indicam caminhos para mitigar o problema a partir de responsabilidades de atuação dos governos federal, estaduais e municipais, bem como da iniciativa privada na tomada de decisão sobre o uso do solo tanto em terras públicas como em áreas de propriedade particular.


Acesse aqui a nota técnica do IPAM:


https://ipam.org.br/wp-content/uploads/2022/02/Amaz%C3%B4nia-em-Chamas-9-pt_vers%C3%A3o-final-2.pdf


INSCREVER-SE

Quero receber por e-mail as últimas notícias mais importantes do ac24horas.com.

* Campo requerido