O tempo joga contra 

O GOVERNADOR Gladson Cameli (PP) tem até 2 de abril, caso não consiga ditar as regras do Senado dentro do PP, para se filiar em outro partido. Quer carta-branca da sigla, para escolher o candidato a senador da sua chapa, mas pelo cipoal que se formou, é improvável que venha a conseguir. 

O Gladson está numa enroscada nesta questão de ter cinco candidatos do seu grupo querendo o seu apoio para senador, e não vejo nenhuma luz no fim do túnel de que a sua decisão vai agradar a todos. Quem não for ungido vai abrir dissidência. O tempo joga contra o governador Gladson neste delicado processo. 

RELAÇÃO CONFLITUOSA

NÃO CAUSA surpresa o governador Gladson falar que poderá deixar o PP, se não tiver voz ativa na escolha do candidato ao Senado. Em 2018, se afastou do PP para apoiar a prefeita Socorro Neri, eleita numa chapa do PT. Pode repetir a cena este ano, saindo do PP, caso não consiga remover a candidatura da senadora Mailza Gomes (PP). O nome da sua preferência é o deputado federal Alan Rick (DEM). Mas, não será fácil emplacá-lo.

EM QUALQUER CENÁRIO

SEJA PELO PP ou outro partido e havendo segundo turno, o Gladson vai estar na disputa. O quadro não é o mesmo de 2018, para se pensar em vencer em primeiro turno.

O DIA DO FICO

A NOTA assinada pelo Artur Neto, secretário geral do PP, tendo como foco principal que a candidatura da senadora Mailza Gomes (PP) a mais um mandato é questão fechada, e que por isso não está em pauta ela ser candidata a deputada federal, foi um recado claro e duro de que não haverá recuo nesta questão.  Mostrou o jogo.

AGENDA SECRETA

NÃO consegui checar se aconteceu, mas na passagem do governador Gladson Cameli por São Paulo estava na sua agenda, encontros com o ex-presidente Michel Temer, e com o senador José Sarney, próceres do MDB. Não deve ter sido para discutir com ambos o sexo dos anjos.

O QUE IMPORTA

QUE o PT entregou a Rádio Difusora em cacarecos, isso é verdade. Que a emissora foi modernizada na gestão da Silvania Pinheiro na ASSECOM, também é verdade. Mas nada justifica ficar 30 dias fora do ar, por falta de uma peça do transmissor. E, este é o último ano de governo e ano político. Será que não entenderam ainda?

DO JEITO QUE FOR JOGADO

O PREFEITO Bocalom é um dos que mais defende dentro do PP, que a senadora Mailza Gomes (PP) mantenha a sua candidatura ao Senado. Ambos têm conversado muito.

FORA DE COMBATE

O SENADOR Márcio Bittar (MDB) está fora de combate, se recuperando de uma cirurgia para a retirada de uma calcificação no calcanhar e de recomposição do tendão.

COMPASSO DE ESPERA

O secretário Alysson Bestene, se for mesmo emplacado candidato a vice do Gladson Cameli, deverá sair do PP. Já teve uma conversa inicial com o MDB, mas nada fechado.

NADA CONTENTES

ALIADOS do presidente Bolsonaro no governo Gladson não estão nada contentes, pelo fato do aumento do piso salarial dos professores e aumento dos salários dos servidores estaduais, não terem nas suas divulgações colado o nome do Bolsonaro, que liberou muitos recursos ao estado. “Será que pensam que o Bolsonaro não toma conhecimento”? Indagou um dos questionadores do fato.

BEM MAIS ACESSÍVEL

QUEM conversa com o ex-senador Jorge Viana (PT) já nota estar ele mais acessível à tese de disputar o governo. Mas, deve-se observar bem o cenário até o fim de março. Se o quadro for favorável, poderá entrar neste barco.

DISPUTA DE DOIS TURNOS

PARA o candidato ao governo, deputado Jenilson Leite (PSB), o cenário da disputa do governo, é que a eleição será decidida no segundo turno. Na sua visão, o Gladson não vive seu melhor momento para pensar em primeiro turno. Terá flancos que não teve na eleição de 2018.

MÚSICA NO FANTÁSTICO, TCHÊ?

ALIADOS do governador passaram a fazer figas após a declaração de ontem do deputado Luiz Tchê (PDT), que está na pauta do seu partido indicar o vice na chapa do Gladson. “Quando indicaram os vices da Socorro Neri e do Marcus Alexandre, ambos perderam, mesmo estando no poder. Que pedir música no Fantástico?” Indagaram com ironia a nova jogada do velho gaúcho.

NESTE PONTO ESTÁ CERTO

NA QUESTÃO do vice o Gladson Cameli está coberto de razão, ao não aceitar pitaco de partidos sobre a escolha. Foi ouvir em 2018 e até hoje vive um inferno astral.

NÃO METO A MÃO NO FOGO

VIERAM ME PERGUNTAR ontem se o Gladson pode não disputar a reeleição. Respondi que, acho que ele disputa, mas que não meto o dedo mindinho no fogo de que possa não disputar. Na política aprendi não duvidar de nada. O quadro político no estado está muito nebuloso.

CHAPA DOS SONHOS

PARA o ex-deputado Heitor Júnior, que vai tentar este ano retornar para a ALEAC pelo PSD, a chapa dos sonhos seria o senador Sérgio Petecão (PSD) a governador e o deputado Jenilson Leite (PSB) de vice. “Ganharia no primeiro turno”, vaticina na sua otimista previsão.

NÃO VAI PROCURAR

O SENADOR SÉRGIO PETECÃO (PSD) diz que não vai procurar a senadora Mailza Gomes (PP) para uma conversa sobre uma aliança, mas ressaltou que, se ele for procurado, vai lhe receber para uma discussão franca. Petecão quer deixar os barcos no Senado correrem, um deles vai ancorar no seu porto.

PISANDO EM OVOS

O QUADRO político só vai estar acomodado no fim de março, quando se saberá como ficaram as composições políticas. Tudo o que se falar hoje pode mudar, amanhã.

NÃO VAI DAR TEMPO

PARA o ex-senador Jorge Viana (PT), caso o TSE não acate o pedido para a formação das federações se estender até as convenções regionais de junho, não vai dar tempo para fechar a formalização entre PT-PCdoB-PSB-PSOL-PV e REDE, até 31 de março. É pouco tempo para muita burocracia.

REPENSAR A ESTRATÉGIA

PASSANDO a federação, cada partido vai escolher o número de seus candidatos. As vagas para a ALEAC e Câmara Federal terão que ser rateadas entre as siglas.

MDB OTIMISTA

OS dirigentes do MDB estão otimistas de que o tratamento da deputada federal Jéssica Sales (MDB) será curto e eficaz, e que já a partir de abril, ela estará apta para tocar a candidatura para o Senado.

BENÇÃO DO NICOLAU

O DEPUTADO Luiz Gonzaga (PSDB) espera apenas a benção do deputado Nicolau Júnior (PP), para entrar no PP e ser candidato a deputado federal, com foco nos votos do Juruá. As conversas estão adiantadas.

TODO UM VERÃO

COM 200 milhões de reais em caixa para a execução de obras, o prefeito Bocalon terá todo o verão para reverter a sua impopularidade, e chegar forte em outubro, para apoiar seus candidatos a senador e governador.

APOIO CERTO

CASO a vereadora Michele Mello (PDT) seja candidata a deputada federal, ela terá um padrinho forte em Plácido de Castro, o prefeito Camilo (PSD).

ALGUÉM TINHA QUE FAZER

Ao PASSAR ao chefe do gabinete civil, Rômulo Grandidier, a coordenação política em um ano eleitoral; o governador Gladson agiu certo, os aliados políticos precisavam de uma referência para discutir as suas reivindicações.

FRASE MARCANTE

“Quem enxuga as lágrimas alheias não tem tempo de chorar”. Fernando Magalhães.