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Temendo prisão, defesa de Alda Radine impetra pedido de habeas corpus preventivo no TJAC

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Após passar a investigada por fraude processual, lesão corporal e denunciação caluniosa, no caso do atentado contra a vida do estudante de medicina Flávio Endres de Jesus Ferreira, ocorrido na madrugada do dia 28 de novembro passado, a sargento Alda Radine Nery, da Polícia Militar do Acre, impetrou um pedido de habeas corpus preventivo no Tribunal de Justiça do Acre (TJAC) que ainda não foi julgado.


A medida, de acordo com a defesa da militar, visa se antecipar a um eventual pedido de prisão pela delegada Carla Ívane de Britto, responsável pelo desmembramento do inquérito original que terminou com o indiciamento do sargento Erisson Nery, marido de Alda, por tentativa de homicídio contra o estudante, que foi atingido por quatro tiros disparados pelo militar, e pela abertura de uma nova apuração referente à conduta da sargento.

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No novo inquérito, a Polícia Civil investiga os fatos decorrentes das declarações feitas por Alda Radine, inclusive com um registro de boletim de ocorrência por crime de importunação sexual e agressão física que teria sofrido do estudante antes dele ser baleado. No entanto, as investigações comprovaram, por meio da análise de imagens das câmeras de monitoramento do local, que ele não se aproximou dela em nenhum momento.


Outra averiguação da polícia é relacionada a uma possível lesão corporal praticada pela militar contra a vítima, uma vez que testemunhas informaram e vídeos analisados demonstraram que após o estudante ter sido baleado por Erisson Neri, a sargento Alda saiu da parte interna do bar e desferiu uma garrafada e alguns chutes contra o estudante que estava desfalecido no chão da rua em frente ao estabelecimento.


Ainda há contra a sargento Alda Radine a investigação relacionada à arma com a qual o sargento Neri atirou em Flávio Endres. Nesse caso, a Polícia Civil apura um possível crime de fraude processual em razão do desaparecimento da pistola que foi tirada pela militar das mãos da outra mulher de Neri, a administradora Darlene Oliveira, não tendo sido mais localizada.


A delegada Carla Ívane, que é a titular da Delegacia de Brasiléia, informou ao ac24horas que após ter sido apartado do inquérito original, o procedimento relacionado à sargento Alda Radine será repassado ao delegado Luís Tonini, titular da Delegacia de Epitaciolândia, que será o responsável pela conclusão dos trabalhos. Ela conduziu o caso do sargento Neri porque Tonini estava de férias no período dos fatos.


A advogada Helane Christina, representante de Erisson e Alda Neri, disse à reportagem que está analisando as filmagens completas das câmeras de monitoramento que constam na investigação da Polícia Civil para decidir quais os próximos passos a serem tomados. Depois disso, a sargento deverá ser apresentada ao delegado Luís Tonini para a sua oitiva, que ainda está pendente, mas que deve ocorrer neste mês de janeiro.


“O IPL (inquérito) relativo ao Nery aparentemente foi concluído e estou analisando as filmagens completas para decidir quais os próximos passos iremos tomar. Quanto à Alda, há apenas um inquérito em aberto pendente a oitiva dela, à qual iremos após termos acesso a cópia do inquérito e concluir a análise das imagens, que é extensa, para apresentá-la ainda este mês. Trata-se apenas de um procedimento investigatório ainda”, informou.


De volta às redes


Após ter anunciado que se afastaria por algum tempo das redes sociais, no fim de novembro, logo após o sargento Neri ter tido a sua prisão preventiva decretada, a sargento Alda voltou a se manifestar nesta quinta-feira (6) por meio do Instagram. “Não tem como ser importante e transformador para alguns, sem ser uma piada e constrangimento para outros”, disse na postagem que teve mais de uma centena de manifestações positivas.


Sargento Nery


Com o inquérito finalizado e remetido ao Poder Judiciário, o sargento Nery foi indiciado por tentativa de homicídio qualificada pela impossibilidade de defesa da vítima e por motivo fútil, bem como também foi indiciado por lesão corporal grave. O processo já tramita no Tribunal de Justiça do Acre e deverá em breve ter a manifestação do Ministério Público a respeito da denúncia ou não do militar.


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