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Professor acusado de assédio pede indenização de R$ 30 mil a aluna

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Leônidas Badaró

A estudante de Direito Bárbara Guedes, que usou as redes sociais há cerca de um mês para denunciar que ela e outros dois alunos teriam sido vítimas de assédio moral dentro da sala de aula, está sendo processada pelo professor de Direito Penal e coordenador do curso na faculdade Estácio/Unimeta, Fábio Santos.


O acusado ingressou com um processo na justiça contra a estudante, em que pede indenização de R$ 30 mil, além de retratação pública via rede social.


LEIA MAIS: Estudante da Estácio/Unimeta diz que foi humilhada por professor


O processo teve origem no Tribunal de Justiça do Acre, em 12 de novembro de 2021, e tramita nos Juizados Especiais de Rio Branco. Em resposta, a acadêmica do 4º período de Direito já antecipou que ela e outros alunos que se sentiram agredidos já estão tomando todas as medidas necessárias para processar tanto a faculdade, quanto o docente. Além disso, os alunos pretendem denunciar a instituição junto ao Ministério da Educação (MEC).


Segundo Bárbara, desde que o caso foi levado a público, não houve nenhum tipo de apoio pela faculdade, seja em nível local ou nacional, considerando que a marca integra um conglomerado de unidades educacionais distribuídas em várias regiões do país. “Tivemos total de zero apoio vindo da faculdade. Viram as denúncias, tanto como o Instagram da Estácio-Unimeta e a Estácio Brasil. A Estácio Brasil disse que iria repassar o caso para o setor responsável e até hoje não entrou em contato comigo e nem com os integrantes do meu grupo. Realmente fez descaso, no qual aparenta concordar com a conduta do docente”, diz ela.


Apesar de ter tomado a iniciativa, ela conta que obteve muito apoio de outros alunos e também de professores. “Uma média de 50/60 alunos me notificaram sobre o assédio moral que o docente já cometeu. Muitos me pediram sigilo, os mesmos têm muito receio de se prejudicarem. Venho recebendo muito apoio”, relata.


A aluna incentiva os alunos que passam por alguma situação do tipo: “Quero deixar uma mensagem para encorajar outros estudantes que passam por assédio moral em sala de aula, não tenham medo! Procurem seus direitos, você está em uma sala de aula para adquirir conhecimento, não para ser humilhado por docente e não para estar em uma posição vexatória diante de sua turma em sala de aula. Tomem atitudes, caso contrário, assédios como este se tornarão rotineiros, tenham coragem”, reforça.


A reportagem procurou o professor Fábio Araújo, que declarou não querer comentar o caso, mas reforçou que Bárbara teve a oportunidade de reapresentar o trabalho acadêmico, mas não o fez, enquanto suas colegas fizeram novas apresentações e tiveram suas notas revistas.


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Leônidas Badaró

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