Na manhã desta quarta-feira (17/11), o presidente da França, Emmanuel Macron, foi visto parado, ao lado de uma dezena de soldados, em frente ao Palácio do Eliseu. Ele esperava um carro preto, que se encaminhava até o local cortejado por mais de 20 soldados vestidos com roupas destinadas a eventos especiais. O rito faz parte do protocolo de recebimento de chefes de estados. Do veículo saiu o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O líder brasileiro entre 2003 e 2010 foi recebido por Macron em um evento reservado, sem a presença da imprensa. O ineditismo do encontro fez com que a ocasião virasse um dos assuntos mais comentados do país. Isso porque, desde a eleição do presidente francês, em 2017, Macron nunca recebeu nenhum presidente brasileiro, mas preparou uma cerimônia de chefe de Estado para o ex-presidente Lula.
Nem Michel Temer, que liderou o Brasil entre agosto de 2016 a dezembro de 2018, conheceu o Palácio do Eliseu e muito menos Jair Bolsonaro, atual presidente da República e desafeto expresso de Macron.
Há dois anos o líder francês disse publicamente que torcia para que brasileiros tivessem “logo um presidente que se comporte à altura”. A fala foi proferida no encerramento do encontro do G7 — grupo das sete maiores economias do mundo — em 2019, na França, ocasião em que ele e Bolsonaro se desentenderam diversas vezes.
A discussão, que começou com a defesa de Macron da Amazônia, terminou com Bolsonaro comentando um post que afirmava que “a perseguição” de Macron era “inveja” por ter uma mulher menos bonita que a primeira-dama Michelle Bolsonaro. “Não humilha, cara kkkkkk”, escreveu o líder brasileiro. Desde então, os dois líderes mantêm distância e a relação econômica entre os países está abalada.
A pauta da reunião entre Macron e Lula não foi divulgada oficialmente, mas o ex-presidente brasileiro compartilhou que a “urgência climática e questões globais como a fome e a pobreza” fariam parte da conversa.
O pré-candidato à Presidência também afirmou que os dois debateram sobre o avanço da extrema direita do mundo. “Acredito que os líderes mundiais precisam sentar à mesa para dialogar e enfrentar esses desafios com uma governança global. Dividimos preocupações como o avanço da extrema direita pelo mundo e as ameaças à democracia e aos direitos humanos”.
Desde a última quinta-feira (11/11), Lula está na Europa e tem se reunido com diversas lideranças. Na sexta, ele esteve, por mais de uma hora, com o futuro chanceler alemão Olaf Scholz em Berlim, na Alemanha.
Já na segunda-feira (15/11), discursou no Parlamento Europeu, em Bruxelas, na Bélgica, onde foi aplaudido de pé. Lula falou que o Brasil vive uma “tragédia sem precedentes” com o governo Bolsonaro e listou atitudes criminosas do atual presidente em relação à pandemia da Covid-19.
Antes de se reunir com Macron, o ex-presidente almoçou, nesta terça-feira (16/11), com a prefeita de Paris Anne Hidalgo e discursou no renomado Instituto de Estudos Políticos de Paris.
Foto: Correio Braziliense
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