PRÓXIMO a entrar no ano eleitoral de 2022, e continua a confusão no grupo palaciano para a escolha do candidato ao Senado, na eleição do próximo ano. Os cinco postulantes ao senado não mostram até um momento nenhum sinal de que vão recuar, e todos eles afirmando que têm a promessa do governador Gladson Cameli de que integrarão a chapa da sua reeleição no espaço do Senado.
Como no mesmo espaço não cabem cinco corpos, e existe apenas uma única vaga para senador, quatro vão ficar pendurados no pincel sem escada para se apoiar. O que mais complica essa situação é que o governador não definiu ainda um critério, ou vários critérios, para balizar quem será o seu companheiro de chapa. Será quem estiver melhor nas pesquisas? Uma pesquisa faltando 11 meses para a eleição, serve de critério justo? O escolhido será aquele que conseguir juntar ao seu lado o maior número de partidos lhe apoiando? Tudo isso está no ar, porque até aqui não houve uma reunião do governador com os candidatos do seu grupo para definição de parâmetros de seleção de uma candidatura única.
O senador Márcio Bittar (PSL) diz que há um compromisso do governador Gladson junto ao presidente Bolsonaro, para que a escolhida seja a Márcia Bittar (sem partido), e cobra esta promessa para um anúncio ainda este ano. A senadora Mailza Gomes (PP) joga com as teses de ser a presidente do PP; já estar no mandato, ter carta branca da direção nacional para buscar a sua permanência, e por isso promete levar a sua candidatura adiante. A deputada federal Jéssica Sales (MDB) aposta nas suas fichas que as pesquisas vão lhe apontar como a única que pode derrotar o ex-senador Jorge Viana (PT).
O deputado federal Alan Rick (DEM) é outro que acredita que as pesquisas que virão o colocarão como o nome de maior densidade para o Senado no grupo do governador. A deputada federal Vanda Milani (PROS) fala ter o apoio da grande parte dos prefeitos e crê que, na campanha, o seu nome vai decolar na frente dos demais. Outro impasse é que o senador Márcio Bittar (PSL) defende que o governador Gladson anuncie em dezembro o seu candidato a senador.
As demais candidaturas querem que isso só aconteça em abril, quando se terá o quadro definitivo sobre a troca de partidos por deputados, e tendo até lá várias pesquisas para servir de base e dar um norte da candidatura mais forte. No canto do ringue está o governador Gladson Cameli. Não lhe resta uma escolha a não ser a de nocautear quatro dos candidatos e levantar a mão de um como vencedor da luta. Não é uma situação cômoda.
PEÇA PRINCIPAL
O DEPUTADO José Bestene (PP) é a peça principal dentro do PP na articulação da candidatura da senadora Mailza Gomes (PP). É o principal incentivador que fique na disputa. Foi quem segurou a candidatura do Bocalom.
PASSA UMA PÉSSIMA IMAGEM
O VEREADOR se notabiliza por suas posições de independência no mandato. Quando assim não age, passa uma péssima imagem para a população. Foi o caso dos vereadores que brecaram informações sobre as obras da PMRB nos ramais. O próprio Bocalom não disse que quer transparência? Querem ser mais reais que o rei?
PARA VALER OU RETÓRICA?
O GOVERNADOR GLADSON disse em entrevista coletiva que todos os secretários que querem ser candidatos em 2022, devem entregar os cargos até o final de dezembro. Logo vamos saber se foi para valer ou foi retórica.
PUXADOR E CAMPEÃO
O SENADOR Petecão (PSD) está eufórico com o trabalho do prefeito Mazinho na articulação da candidatura a deputado federal. Na avaliação de Petecão, Mazinho não será só um puxador de votos, mas o mais votado para a Câmara Federal.
SÉRIAS DIFICULDADES
O QUE JÁ TINHA comentado aqui, está se concretizando. O PSDB está com séria dificuldade para montar a sua chapa para a ALEAC, tendo dois deputados: Luiz Gonzaga e Cadmiel. Ninguém quer ser bucha de canhão.
QUEIXA GERAL
A MAIOR QUEIXA dos dirigentes de partidos sobre a seleção de nove nomes para montar chapas para deputado federal e que, não é fácil encontrar três mulheres com densidade eleitoral comprovada para fechar a cota feminina. Não pode ser só figurante.
SONHO DESFEITO
O SONHO do União Brasil, resultante da fusão DEM-PSL, de ser o maior partido do Brasil, está sendo desfeito bem antes da sua oficialização. Os deputados bolsonaristas da sigla, em grande número, vão com o Bolsonaro para o PL.
SEM GRANDE EXPRESSÃO
NO PLANO nacional, o PL é um partido forte, mas o mesmo não ocorre no Acre; onde é um nanico. Deve tomar impulso com a filiação do grupo da deputada federal Mara Rocha, a ocorrer no início de abril de 2022.
FATO POSSÍVEL
O VICE-GOVERNADOR Rocha vai se filiar ao União Brasil, e não é descartado ser candidato a deputado federal. A conversa que terá com o presidente da nova sigla, Luciano Bivar, será decisiva, e pode envolver o comando no estado. Na política, não costumo duvidar de nada.
SEM OUTRO CENÁRIO
NÃO vejo outro cenário que não seja o do deputado Jenilson Leite (PSB) como candidato a governador e o Jorge Viana (PT), como candidato a senador. É o jogo.
TESE COMPLICADA
HÁ no grupo do governador Gladson Cameli quem defenda que, ele reúna os candidatos ao Senado para a busca de um consenso de uma candidatura única no seu grupo, e que isso não acontecendo, que diga que apoiará a todos. Acho complicado, a política não funciona assim.
TEMPO INTEGRAL
POR ENQUANTO, o ex-prefeito Marcus Alexandre (PT) tem feito campanha para deputado estadual somente nos finais de semana; só entrará em tempo integral, quando se afastar da função no Tribunal de Justiça, em abril.
NÃO HÁ CONVICÇÃO
PERGUNTEI ontem a um amigo do PT se o ex-prefeito Raimundo Angelim (PT) será candidato a deputado federal, obtendo a resposta: “Se fosse na Loteria Esportiva, marcava triplo. Mas, se tivesse que marcar uma só opção, marcaria que não será”.
CANDIDATURA CERTA
O DIRIGENTE DO MDB, ex-prefeito Mauri Sérgio, é um dos mais empolgados com a candidatura da deputada federal Jéssica Sales (MDB) para o Senado. Acha que é a única que poderá derrotar o ex-senador Jorge Viana.
FRASE MARCANTE
“Obstáculos são aquelas coisas medonhas que você vê quando tira os olhos do seu objetivo”. Moahmed Hussein.